Cultura

Exposição reúne fotografias feitas em câmeras artesanais em São José de Ribamar

Com máquinas feitas em materiais como caixas de fósforo, Mônida Ramos expõe as belezas da Grande Ilha.

Gabrielle Siebra / Na Mira

SÃO JOSÉ DE RIBAMAR - Com a exposição intitulada “Decênio artesanal: poéticas de experimentos fotográficos”, a fotógrafa maranhense Mônida Ramos, celebra os 10 anos de registros fotográficos com suas "toy cameras", entre câmeras analógias e máquinas feitas artesanalmente por ela em uma mostra realizada na Galeria Alberico Mouta, em São José de Ribamar.

A exposição das fotografias de Mônida não são apenas retratos da beleza natural e história da Grande Ilha. Optando por capturar os casarões, escadarias e praias da ilha com técnicas pouco conhecidas com o uso de câmeras analógicas (lomografia) e câmeras artesanais (pinhole), a artista pretende divulgar a beleza das fotografias feitas por câmeras analógicas ao público Ribamarense em geral. 

"A escolha da Galeria Alberico Mouta , com público frequentador diversificado quanto à idade e  grau de escolaridade é um atrativo quanto ao quesito difusão dos trabalhos no modo analógico. Fiz um apanhado de obras as quais considero as mais relevantes , guiando-me pelas minhas temáticas preferidas tal como o noturno, a infância e solidão.", conta Mônida.

Entre suas fotografias preferidas, um retrato noturno da Rua do Giz, localizada no coração do Centro Histórico de São Luís, que foi eleita a sexta rua mais bonita do país pela revista Casa Vogue, chama atenção pelo modo de captura por uma câmera feita em um caixa de fósforo, produzida pela própria artista. 

Rua do Giz, 2012. 28 x 45 cm. Fotografia pinhole com câmera artesanal feita em caixa de fósforos. Uso de filme vencido. Impressão em papel fotográfico fosco. Moldura artesanal coberta com chitão. Por: Mônida Ramos.
Rua do Giz, 2012. 28 x 45 cm. Fotografia pinhole com câmera artesanal feita em caixa de fósforos. Uso de filme vencido. Impressão em papel fotográfico fosco. Moldura artesanal coberta com chitão. Por: Mônida Ramos.

“A admiração pelo local retratado, o tempo de captura (40 minutos), resultando numa imagem quase fantasmagórica e a escolha de uma moldura com uso da chita , perfazendo um paradoxo”, descreve Mônida sobre o retrato.

“O resultado final quase sempre é imprevisível. A imagem final é praticamente única, não passível de repetição.”, escreve a fotógrafa. 

Mônida trabalha com fotografia há 12 anos. Embora tenha iniciado seus registros em captura digital, de uso mais comum dentro da fotografia, as cores saturadas e o resultado adquirido com as câmeras artesanais e analógicas acabaram por se tornar o carro-chefe dos seus trabalhos.

“Tenho uma admiração pela pintura desde muito jovem. O apelo estético da pinhole e da lomografia me faz lembrar pinturas. Gosto das cores saturadas ou mesmo tênues, às vezes; jogos de claro-escuro, [...] de escolher que filme usar, qual filtro, se vou interferir ou não no negativo. De todo modo , o resultado final sempre surpreende.", conta Mônida. 

A mostra dos trabalhos da artista já está em cartaz na Galeria Alberico Mouta, no interior do restaurante Mar e Sol em São José de Ribamar, e segue até o dia 11 de setembro com entrada gratuita. A visitação está aberta para todos os públicos das 11 da manhã das 10 horas da noite, de segunda a domingo.

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