O compartilhamento de senhas na plataforma Netflix é uma prática bastante comum, ainda mais com a possibilidade de vários perfis em uma mesma conta. Mas o Streaming quer impossibilitar usuários que moram em residências diferentes de fazer isso.
A plataforma iniciou o teste de uma função que pergunta a quem está assistindo à TV se eles moram na mesma casa que o assinante. O movimento pode apontar para medidas mais pesadas de controle de acesso ao Streaming.
De acordo com o portal GammaWire, alguns usuários receberam as mensagens, pedindo a confirmação de um código enviado por e-mail para o assinante titular da conta. Se a pessoa tentando acessar a conta não conseguir verificar o acesso com o código, ficará impossibilitada de assistir ao conteúdo. Mesmo não podendo impedir todos os compartilhamentos, já que os usuários poderão enviar o código para amigos e familiares, a medida deve ajudar a restringir a prática.
O compartilhamento de senhas nem sempre é uma questão clara. Segundo os termos de uso da Netflix, os usuários se comprometem a não partilhar contas além de seus próprios domicílios (household, das regras da plataforma em inglês), mas não há definição do que configura isso, já que filhos compartilham contas com pais, por exemplo.
Em seus termos de uso traduzidos para o português, a Netflix afirma que "o Proprietário da Conta deve manter o controle sobre os aparelhos compatíveis com a Netflix utilizados para acessar o serviço e não revelar a ninguém a senha ou os detalhes da Forma de Pagamento associada à conta".
Durante uma entrevista, o co-CEO da Netflix, Reed Hastings, afirmou que era preciso conviver com o compartilhamento de senhas. "Há tanto compartilhamento legítimo de senhas, como com sua esposa ou filhos, então não há uma linha clara, e estamos lidando bem com a situação", disse.
À época, no entanto, a Netflix tinha menos de 100 milhões de assinantes em todo o mundo e hoje esse número mais que dobrou. Atualmente a empresa parece preocupada em evitar em algum grau o compartilhamento de senhas e também proteger os usuários, já que a prática também vai de encontro às recomendações de segurança digital.
*Com informações do Exame.
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