MUNDO - O remake de "O Corvo", que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (22), traz uma mudança significativa em relação à segurança no set de filmagem. Em homenagem a Brandon Lee, que morreu acidentalmente durante as gravações do filme original há 30 anos, o diretor Rupert Sanders decidiu não usar armas reais na produção.
Brandon Lee, filho de Bruce Lee, foi atingido por uma bala durante as filmagens de "O Corvo" em 1993 e faleceu aos 28 anos. O acidente ocorreu quando uma arma, que deveria estar carregada apenas com festim, disparou uma bala real, causando a morte do ator.
Em entrevista à Variety, Rupert Sanders explicou que a decisão de não utilizar armas no set foi motivada tanto pela tragédia envolvendo Lee quanto pelo incidente que vitimou a diretora de fotografia Halyna Hutchins em 2021. Hutchins foi baleada e morta no set do filme "Rust" por uma arma manuseada pelo ator Alec Baldwin, um ano antes de Sanders iniciar as filmagens de "O Corvo".
“A segurança é a prioridade número 1. Os sets de filmagem são muito perigosos. Há carros em alta velocidade com guindastes presos no topo. Há dublês caindo em cabos altos descendo escadas. Até mesmo andar em um set à noite com máquinas de chuva e luzes – você está trabalhando em um ambiente industrial. Então é perigoso. Você tem que estar seguro", disse Sanders à publicação. Ele ressaltou ainda: "Decidi categoricamente que não teríamos armas de fogo no set, o que significa que não havia nenhuma arma que pudesse disparar uma bala real ou de festim por perto."
A ausência de armas reais levou a produção a investir mais em efeitos visuais para simular flashes e fumaça nas cenas com armas, um custo que, segundo o diretor, "valeu a pena pagar".
O novo "O Corvo" narra a história de Eric Draven, um guitarrista de rock que é assassinado por uma gangue junto com sua noiva. O filme é estrelado por Bill Skarsgård e FKA Twigs, oferecendo uma nova interpretação do clássico cult dos anos 90.
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