SÃO LUÍS – Micro-organismos ou produtos químicos tóxicos podem contaminar os alimentos e levar os indivíduos à intoxicação alimentar. As bactérias nocivas podem agir até 48 horas após a ingestão dos alimentos. Para evitar esse quadro, alguns cuidados básicos devem ser tomados.

De acordo com a gastroenterologista Vânia Costa Leite, alguns sintomas podem evidenciar a intoxicação. "A intoxicação alimentar é caracterizada, geralmente, por um relato de ingestão de um alimento ou água contaminada. A clínica é variável, conforme você tenha uma manifestação clínica leve ou intensa. Então, diarreia, vômito, febre, dor de cabeça, dores no corpo e indisposição. Esses sintomas poderão ser mais leves ou mais fortes", explicou em entrevista ao Imirante nesta quarta-feira (21) – ouça na íntegra.

Uma boa alimentação pode evitar o problema. "O que você deve evitar é o contato com substâncias que sejam nocivas. Então, daí, você selecionar onde come, o que come e como come. Na realidade, se você tiver uma boa alimentação, se tiver cuidados de estresse e atividade física, você será considerado uma pessoa saudável e, portanto, você deverá ser imunologicamente competente", diz.

Riscos

Com a falta de tempo e os problemas ocasionados pelo desenvolvimento das grandes cidades, muitos trabalhadores acabam tendo que recorrer à alimentação de rua, o que pode representar risco. "Você vê que a própria pessoa que vende, ela pega no alimento. Então, ao mesmo tempo em que ela manuseia o dinheiro, ela pode manusear o alimento sem uma proteção, sem uma luva, e muitos desses alimentos estão expostos À temperatura, à poeira, ao calor, ao famoso toque do próprio consumidor", afirma. O melhor é observar se os estabelecimentos ou restaurantes seguem as regras da Vigilância Sanitária.

E até mesmo em casa é preciso ter cuidado. Todos os alimentos, sem excessão, requerem atenção, em especial os enlatados. "Você deve observar não só a validade do produto, mas as condições da lata, sinais como ferrugem, machucados, sinais de 'estufamento' na tampa da lata, que podem dirigir para a possibilidade de uma toxina do botulismo, uma doença muito mais grave que pode evoluir ao óbito. Quem está na cozinha ou manuseando os alimentos deve lavar as mãos; proteger os alimentos de mosca e de insetos; ver se aquele alimento está acondicionado em alta temperatura ou se é um alimento que precisa ser levado para a geladeira; e na suspeita, em que o olho diz que aquele alimento "não tem um bom aspecto, cheiro ou gosto, não consumi-lo", finaliza.

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