Literatura

Autoridades e leitores lamentam morte de García Márquez

O escritor morreu hoje (17), aos 87 anos, na Cidade do México.

Imirante Imperatriz, com informações da Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h55
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BRASIL – Autoridades e amantes da literatura de todo Brasil lamentaram a morte do escritor e jornalista, Gabriel García Márquez. A presidenta Dilma Rousseff disse que recebeu com tristeza a notícia da morte do escritor colombiano, “dono de um texto encantador”, segundo ela.

O escritor morreu hoje (17), aos 87 anos, na Cidade do México. Para Dilma, os personagens singulares de García Márquez continuarão “no coração e na memória de seus milhões de leitores”.

“Dono de um texto encantador, Gabo [como o escritor era conhecido] conduzia o leitor pelas suas Macondos imaginárias como quem apresenta um mundo novo a uma criança”, disse a presidenta, em referência ao vilarejo onde se passa uma de suas principais obras, Cem Anos de Solidão.

García Márquez morava na Cidade do México e ficou internado durante oito dias, no início deste mês, com desidratação e infecção pulmonar e urinária. Após superar um câncer linfático em 1999, houve rumores de que o escritor estivesse com câncer no pulmão, nos gânglios no fígado.

Poucas horas após a morte do escritor, frases, fotos e citações do autor invadiram as páginas de redes sociais em sua homenagem. No Twitter, mensagens sobre a vida e a obra de García Márquez estão entre os principais assuntos. No Facebook, usuários também postam homenagens ao escritor colombiano, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1982 pelo conjunto da obra.

Com mais de 30 títulos publicados e mais de 1,5 milhão de livros vendido no Brasil, Gabriel García Márquez pode ser considerado um dos autores mais importantes do século 20 e um dos principais da América Latina. Gabo, como também era conhecido, foi um dos principais expoentes do movimento literário e cultural latino-americano realismo mágico, ou realismo fantástico, ao lado do peruano Manuel Scorza e dos argentinos Julio Cortázar e Jorge Luis Borges.

Lançado em 1967, Cem Anos de Solidão é considerado a obra-prima de García Márquez, tendo atingido a marca de 50 milhões de exemplares vendidos, em 25 línguas, sendo 440 mil do Brasil, segundo a Editora Record.

Ele iniciou a carreira como jornalista, em 1948, e trabalhou como correspondente em Roma, Paris, Havana, Nova York, Barcelona e na Cidade do México. Entre suas principais obras estão Crônica de uma Morte Anunciada, O Amor nos Tempos do Cólera, Ninguém Escreve ao Coronel, Notícia de um Sequestro e Memórias de Minhas Putas Tristes. Em 2009, García Márquez anunciou que estava encerrando a carreira literária.

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