Bolo de Santo Antônio

Busca de alianças em bolo de Santo Antônio leva milhares à igreja em Imperatriz

O sonho de casamento levou milhares de pessoas, à paróquia de Santo Antônio, em Imperatriz.

Angra Nascimento /Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h23
Rafael e Gleyce, casal ganhador do par de alianças do bolo de Santo Antônio.
Rafael e Gleyce, casal ganhador do par de alianças do bolo de Santo Antônio. (Divulgação /Jackson Barros)

IMPERATRIZ – O sonho de casamento levou milhares de pessoas, além de mulheres e homens solteiros, casais de namorados, e pessoas separadas ou que vivem juntas, à paróquia de Santo Antônio, em Imperatriz, nessa segunda-feira (12), Dia dos Namorados, a comprarem um pedaço do bolo de Santo Antônio, que tinha um par de alianças. As alianças de ouro estavam escondidas num dos mil pedaços da iguaria, que foi preparada, especialmente para a ocasião.

Diz a tradição que quem encontra os anéis se casa em um ano. Foi com esta esperança, que a autônoma Gleyciane Alves, 28 anos, comprou 10 fatias do bolo. E não é que numa delas estavam as alianças? A jovem que já vive maritalmente, agora vai poder realizar o sonho de casar-se oficialmente, diante da igreja. “Estou muito feliz, fiquei muito nervosa, sem acreditar”, resumiu a emoção ao encontrar as alianças”. Além do par de alianças, a sortuda ganhou ainda, um book fotográfico, uma maquiagem, e a gratuidade das taxas processuais do casamento.

Gleyciane Alves que vive com o separador Rafael Costa Carvalho, de 24 anos, há dois anos, conta que já planeja a data do casamento: será em setembro. “Estava planejando casar na igreja para poder batizar meus filhos. Como ganhei as alianças, o casamento deve ocorrer no mês de setembro”, informa a mulher, assumindo que fez promessa para Santo Antônio para arranjar um marido. Sim, fiz promessa”, ressalta a ganhadora que deixa um recado para quem está encalhado. “Acredite em Santo Antônio, que dá certo”.

Santo Antônio, conhecido como casamenteiro, porque no período em que viveu, entre os séculos XII e XIII, na Itália, auxiliava mulheres humildades a conseguirem um dote, requisito imprescindível na época, para se casarem. Ficou com fama de casamenteiro e até hoje, muitas mulheres fazem promessa para o Santo, querendo um “empurrãozinho”.

O padre Eliezer de Paiva explica que “a promessa deve ser feita para Deus, em Cristo, por intercessão do determinado Santo para o qual você coloca a esperança, de que ele, diante de Deus, posso rogar por você. E de fato, como todas as outras promessas, é muito normal que a pessoa faça uma promessa para um determinado santo, no caso Santo Antônio, que é tido como padroeiro dos casais de namorados, aqueles que almejam um matrimônio e, certamente ser atendido, como também pode não ser atendido. Não porque o santo é mais forte ou mais fraco, mas porque tudo acontece segundo o designo e a providência de Deus”.

A fila no pátio da paróquia, onde a iguaria estava sendo comercializada, mostrou que o evento superou todas as expectativas da coordenação do festejo. “Tanto superou que, oficiosamente, a gente já começa a articular que para o ano que vem, mil pedaços vão são poucos”, ressalta o padre Eliezer lembrando que as fichas esgotaram-se antes de começar o “corte” do bolo.

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