Páscoa

Coelhinho da Páscoa: até que ponto é saudável acreditar?

A psicóloga afirma que os pais devem dar significado aos símbolos.

Rhaysa Novakoski / Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h44
"É preciso ter bom senso", diz psicóloga. (Foto: Reprodução/ Internet)

IMPERATRIZ – Para a maioria das crianças, o principal personagem da Páscoa é o coelhinho que distribui ovos de chocolate. A lenda de origem europeia ganhou força, principalmente por causa do comércio, e faz parte do imaginário infantil em todos os cantos do mundo. Mas até que ponto deixar – ou fazer – a criança acreditar nessa fantasia é saudável?

De acordo com a psicóloga Nádia Borges, pais e familiares são os responsáveis por explicar o significado desses personagens, conforme a crença de cada um, e, sobretudo, não deixar que a criança seja influenciada pelo sentido comercial, caindo na armadilha do consumismo.

“Cabe aos adultos dar significado para estes símbolos e ter bom senso. Não estimular o consumismo, porque, muitas vezes, é isso que ocorre (em períodos festivos)”, fala.

A psicóloga acredita que é saudável que as crianças vivam a experiência, desde que haja o acompanhamento dos pais, que não podem nem forçar a crença, nem serem duros demais com a verdade.

“O que a gente vê, nos estudos e na prática, é que é importante que a família explique para a criança o que é o coelhinho da páscoa. O coelhinho da páscoa existe? Existe porque ela está vendo, experimentando. Mas não existe um coelho vivo, que bota ovo de chocolate. Eu não posso tirar totalmente essa inocência, mas também não posso mentir. As verdades precisam ser ditas de acordo com o que a criança tem condição de elaborar”, orienta Nádia.

 Eloá diz que acredita no coelhinho, mas depois admite que só faz parte da brincadeira. (Foto: Rhaysa Novakoski/ Imirante Imperatriz)
Eloá diz que acredita no coelhinho, mas depois admite que só faz parte da brincadeira. (Foto: Rhaysa Novakoski/ Imirante Imperatriz)

Para Luzineide e Hildebrando Carneiro de Brito, pais da Eloá e da Mariá, de oito e três anos de idade, deixar que as filhas vivam a experiência do coelhinho da páscoa é importante. “Alimenta o lado lúdico delas, a realidade é coisa para adulto”, brinca o pai.

Ao serem indagadas, as duas crianças afirmam acreditar no coelhinho, que já entregou as guloseimas para as irmãs. “Ele é legal e eu gosto de coelho”, diz Eloá.

Apesar disso, seguindo o que a psicóloga explicou, eles afirmam que conversam com as filhas sobre o verdadeiro sentido da Páscoa e dos símbolos. Segundo o pai das meninas, quando elas “descobrirem a farsa”, vão conseguir lidar com isso. Nesse momento, a mais velha, Eloá se manifesta.

“Na verdade eu sei que ele (o coelhinho) não existe”, confessa e diz que gosta da brincadeira de fazer de conta.

Ana, de cinco anos, conta que, também, acredita no personagem. A mãe, Josiane Nogueira, incentivou que ela fizesse a cesta para que o animalzinho colocasse as guloseimas e deu certo.

“Eu coloquei do lado da minha cama e o coelhinho escondeu a cestinha. Quando eu acordei procurei e achei. Tinha bombom e um monte de doce”, conta Ana.

O pai da garota, Anderson Nogueira, afirma que nunca falou para os filhos sobre o coelho, mas que eles acabam aprendendo até mesmo com outras crianças. Segundo ele, a história pode ajudar na educação dos filhos.

“É uma forma de cultura, e até de formar o caráter de criança, desde que explique as histórias direito”, afirma Anderson. O certo é que quem mais se diverte com essa história do coelhinho da páscoa são as crianças.

Veja o vídeo com as crianças falando sobre o coelhinho da páscoa:

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