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"Governo da morte, não da vida", diz Casagrande sobre CBF e Bolsonaro

Ex-jogador e comentarista fez o comentário na edição de São Paulo do Globo Esporte.

Na Mira

Atualizada em 27/03/2022 às 11h04
Casagrande fez comentário na edição de São Paulo do Globo Esporte.
Casagrande fez comentário na edição de São Paulo do Globo Esporte. (Foto: Reprodução/TV Globo)

BRASIL - Nessa sexta-feira (15), Walter Casagrande fez duras críticas Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ao governo Bolsonaro durante a participação na edição de São Paulo do Globo Esporte.

O comentário foi feito após a exibição de uma reportagem mostrando o que ocorreu no jogo entre Guarani e Cuiabá na última quinta (14), onde o time de Campinas (SP) estava com 17 jogadores afastados por causa da Covid-19. Além de um jogador suspenso e outro lesionado. Com isso, haviam apenas 12 jogadores disponíveis para a partida.

O volante do time, Lucas Abreu, que não estava selecionado, teve que ir correndo para completar o time, ele chegou 18 minutos antes do início do jogo. Segundo o protocolo da CBF, é necessário que haja pelo menos 13 jogadores disponíveis para que uma partida possa ocorrer.

"O futebol voltou num dia em que tinha morrido duas pessoas no hospital que tinha feito do lado do Maracanã", lembrou ex-jogador e comentarista. "E o Flamengo jogou ali. Então já começou dessa: maneira sem empatia, sem responsabilidade, sem ligar para as pessoas."

Casagrande defendeu que o jogo não deveria ter sido realizado. "O futebol voltou num dia em que tinha morrido duas pessoas no hospital que tinha feito do lado do Maracanã", lembrou. "E o Flamengo jogou ali. Então já começou dessa: maneira sem empatia, sem responsabilidade, sem ligar para as pessoas."

"O que aconteceu ontem, não tem acordo, não tem combinado, não tem acerto", afirmou. "A empatia e preocupação com a saúde das pessoas tem que ficar acima de qualquer coisa."

"Onde que está um CBF num momento essas?", questionou. "A CBF é omissa, está sendo omissa nesse ano todo aí de pandemia. A CBF está preocupada em cumprir a tabela do campeonato, os jogos, essas coisas."

"Saúde do jogador? Tem oito com Covid, troca, põe outros", continuou. "Para eles, tanto faz. O jogador de futebol hoje nessa pandemia está parecendo um copo, você tira daqui põe ali. Se o copo quebrar, pega outro."

"Isso é uma coisa que machuca. E eu fico indignado", finalizou. "A CBF, junto com o Governo Federal, [que] é um governo da morte, não é um governo da vida. E a CBF está indo no mesmo caminho, sem se preocupar com a vida de ninguém."

"A irresponsabilidade do governo federal e das pessoas que seguem os passos de uma liderança egoísta, incompetente, sem o mínimo respeito pelos brasileiros que estão morrendo desde março de 2020, dá no que vemos: o Brasil voltou ao pico das contaminações", apontou. "Fico triste e me assusta saber que pessoas estão morrendo asfixiadas por falta de oxigênio em Manaus, mas, na verdade, estamos sem respirar já faz dois anos."

O ex-jogador ainda critica a desinformação que leva as pessoas a terem medo de se vacinarem. "Tudo graças aos nossos representantes que nos fazem ser ridicularizados mundo afora, um clã de pessoas perversas com a única preocupação de reeleger uma pessoa capaz apenas de acabar com o horário de verão, sua grande obra", disse.

"Fora disso, só pensa em armas, em mentir, enganar, destruir", avaliou. "Ou vestir dezenas de camisas de clubes de futebol, típico de um vira-casaca, que bate continência para bandeiras estrangeiras e não deixa o Brasil respirar."

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