Dia dos Avós

Saiba mais sobre o processo de envelhecimento da pele

A pele do idoso é mais ressecada e desidratada, por isso, precisa de cuidados especiais.

Divulgação/SBD

Atualizada em 27/03/2022 às 11h23
A pele do idoso apresenta uma menor atividade das glândulas produtoras de sebo e de suor, por isso é uma pele mais ressecada e desidratada.
A pele do idoso apresenta uma menor atividade das glândulas produtoras de sebo e de suor, por isso é uma pele mais ressecada e desidratada. (Foto: Reprodução)

O Dia dos Avós será comemorado nesta quarta-feira (26) e é importante saber cuidar bem de quem já cuidou tanto da família. Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta sobre a necessidade de proteger a pele para ter um envelhecimento saudável.

A pele é o maior e mais visível órgão do corpo humano, o limite entre uma pessoa e o mundo. É ela que garante a percepção de tato, temperatura, pressão, calor e dor. É por meio desse órgão que podemos distinguir texturas e manifestar carinho tocando outro ser. Para compreender determinadas emoções, dizem que é preciso “sentir na pele”, esse órgão vital sem o qual seria impossível sobreviver.

“A pele reveste todo o nosso corpo atuando com uma eficaz barreira de proteção contra as agressões externas. É uma grande capa de proteção contra fungos, bactérias, produtos químicos, físicos e fatores ambientais, como o sol por exemplo. A pele, como qualquer órgão, sofre modificações com o passar do tempo e essas alterações ocorrem de forma variável em todas as estruturas provocando a aparência de envelhecida. O envelhecimento cutâneo se traduz principalmente por perda da hidratação, diminuição da oleosidade, diminuição da defesa imunológica contra agressores e, além disso, se torna mais frágil perdendo a capacidade de atuar como barreira protetora. Medidas simples diárias como limpeza, uso de protetor solar e hidratação podem garantir o envelhecimento com uma pele mais saudável”, destaca a doutora Silvia Marcondes Pereira, Coordenadora do Departamento de Dermatologia Geriátrica da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

A pele do idoso apresenta uma menor atividade das glândulas produtoras de sebo e de suor, por isso é uma pele mais ressecada e desidratada. Além disso, a menor atividade de células produtoras de colágeno e elastina, as fibras que dão firmeza e sustentação à pele, deixam a pele mais fina, mais flácida e com sulcos, e linhas de expressão, mais marcados, as rugas. Uma pele muito fina e ressecada costuma causar coceira. Não é infrequente que os idosos sofram com esse tipo de problema. Outra coisa que pode piorar o quadro de secura e coceira é o uso de algumas medicações, o uso inadequado de produtos na pele e o hábito de banhos quentes, demorados e com buchas.

A diminuição da atividade imunológica, comum na pele do idoso, torna a pele mais suscetível a infecções como micoses e viroses, tipo herpes zoster. O herpes zoster é, em geral, uma lesão que surge de repente, muito dolorida podendo apresentar bolhas ou manchas vermelhas, normalmente restritas a um lado do corpo.

Outro problema que pode surgir na pele, decorrente do sol tomado a vida toda e da diminuição da imunidade, é o câncer da pele. Qualquer lesão persistente na pele, que não esteja cicatrizando, ou pinta ou mancha que se modifica deve ser examinada por um dermatologista para descartar ou confirmar esses diagnósticos.

“Entre os cuidados diários da pele envelhecida, recomendamos: banhos mornos, com sabonetes delicados que não façam tanta espuma e hidratação com cremes emolientes. Esses cremes devem ser passados, de preferência, com a pele ainda úmida, logo após o banho. Dependendo da característica de cada um, é possível utilizar hidratantes a base de glicerina, ureia ou mesmo alguns mais sofisticados, que contêm as gorduras normalmente encontradas na pele humana. Isso ajuda a manter a pele hidratada e evita a coceira. Também a torna mais resistente a infecções oportunistas, por diminuir o trauma e, portanto, reduzir microlesões que facilitariam a penetração de agentes infecciosos”, finalizou a médica dermatologista.

É importante que a pele do idoso seja examinada ativamente, uma vez por ano, em busca de lesões malignas e pré-malignas, para que haja diagnóstico e tratamento precoces, evitando assim cirurgias maiores e mais traumáticas.

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