Bem-estar

Conheça os tratamentos contra o suor excessivo

Saiba mais sobre como se livrar da incomoda hiperidrose.

Imirante com informações da Assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 12h08

Por mais incômodo que seja, o suor é uma importante função do nosso organismo. É ele que faz o controle da temperatura do nosso corpo, especialmente durante o exercício ou sob temperaturas mais elevadas do ambiente. Em algumas pessoas, porém, pode aparecer um suor intenso, localizado, desproporcional à temperatura, que piora sob fatores emocionais. É um suor completamente diferente do suor “normal”, que causa desconforto, constrangimento e comprometimento importante da qualidade de vida. É a chamada hiperidrose.


Causada por um aumento na atividade do sistema nervoso simpático, um sistema autônomo sobre qual não temos controle, a hiperidrose é relativamente comum e atinge cerca de 1% da população. São pessoas que chegam a suar de quatro a cinco vezes mais do que é considerado natural e estão constantemente com rosto, mãos, axilas e pés molhados de suor. Sintomas que pode ocorrer já na infância e na adolescência ou somente na idade adulta, às vezes inesperadamente, mas que podem ser desencadeados pelo aumento da temperatura ambiente, o exercício, a febre, a ansiedade e a ingestão de comidas condimentadas.


“Não se trata de uma doença grave, quanto a risco de vida, mas é uma situação extremamente desconfortável, que causa profundo embaraço social e transtornos de relacionamento e psicológicos no portador. São pessoas que frequentemente se isolam socialmente e adquirem hábitos para esconder o seu problema”, diz o dermatologista Anderson Bertolini (CRM-107976).


Cirurgia do suor
Curiosamente, por diversos fatores, uma parcela ínfima dos pacientes tem seu problema resolvido e tratado de forma eficaz e duradoura, mas há tratamento. Ele depende da localização e da intensidade da hiperidrose e pode ser feito com fórmulas tópicas contendo cloreto de alumínio, aplicação de toxina botulínica ou através de uma cirurgia chamada simpatectomia. As opções clínicas, no entanto, são pouco satisfatórias, às vezes desconfortáveis e necessitam ser utilizadas por um período indeterminado.


A Toxina Botulínica tem sido, nos casos menos graves, a indicação ideal. As injeções de botox impedem a hiperatividade das glândulas sudoríparas, interrompem a produção de suor e minimizam o cheiro desagradável. “O Botox, uma proteína purificada da toxina botulínica, bloqueia as terminações nervosas que enviam sinais às glândulas sudoríparas. A eficácia das injeções pode durar entre três e 08 meses”, explica Bertolini. A aplicação de toxina botulínica é capaz de eliminar o suor, mas os efeitos não são definitivos, por isso é necessário fazer a reaplicação a cada seis ou 12 meses.


Para os casos mais extremos de hiperidrose, a cirurgia é considerada de risco. A Simpatectomia Torácica Endoscópica (ETS) desativa os nervos específicos e responsáveis pela transpiração em certas partes superiores do corpo. A anestesia é geral, sendo feitas duas mini-incisões (cerca de 5 a 10 mm) sob a axila. Através da primeira, é usada uma microcâmera que permite visualização ampliada da cadeia simpática; através da segunda, é usado instrumental para a dissecção e ablação do segmento nervoso. “A ETS somente será indicada para as apresentações mais intensas. A cirurgia é mais bem sucedida e mais comum em casos de hiperidrose palmar severa, mas na parte inferior do corpo, um procedimento similar chamado Simpatectomia Lombar pode ser usado para hiperidrose plantar. Contudo, vale lembrar que nestes casos, a avaliação médica será bem mais criteriosa”, alerta o médico.

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