BRASIL - O ano de 2025 marca duas datas significativas na trajetória de Serginho Groisman. O apresentador celebrou 75 anos neste domingo (29) e, no dia 14 de outubro, completará 25 anos à frente do programa Altas Horas, exibido nas noites de sábado pela TV Globo.
Em entrevista ao Gshow, Serginho refletiu sobre sua carreira e os caminhos que o levaram a esse marco. “Nunca planejei nada, tudo o que aconteceu foi ocasional, os caminhos apareceram. Não tive nem tempo de planejar muito o que gostaria. Desde os 20 anos estou envolvido com música e eventos. Sou jornalista, trabalhei em jornal, rádio, dei aula em faculdade, fiz teatro. Trabalhava em um lugar achando que aquele era o definitivo, nunca usei como trampolim para outra coisa, mas as coisas vão mudando”, afirmou.
O jornalista também celebrou a marca de 26 anos de trabalho na Globo. “Nesse momento, olho e vejo que são 26 anos de Globo e 25 de Altas Horas. É um quarto de século que apareceu de repente”, disse, aos risos.
Serginho foi homenageado no programa do último sábado (28), e se emocionou ao ver o filho, Thomas, de 10 anos, participar da abertura especial. “Ele foi para a Globo e contou minha história de forma rápida, que é a abertura do programa de aniversário. Ficou lindo, não paro de ver. Me emocionei muito, me segurei para não chorar. Raramente choro em público”, revelou.
Apesar do aniversário marcante, o apresentador contou ao Gshow que prefere uma comemoração mais íntima. “Já comemorei de maneiras diferentes. A não ser que tenha uma surpresa reservada, assim como aconteceu no programa, vou ficar tranquilo. Estou na minha, não preparei nada. Vou ficar com a família”, disse.
Com mais de 35 anos de experiência na televisão, Serginho também é o diretor do Altas Horas e afirma que não pretende desacelerar. “Não consigo fazer um programa sem estar na direção. Para mim, é fundamental estar à frente das coisas que acontecem. A pandemia nos fez desacelerar um pouco, hoje mantemos um formato híbrido, mas o trabalho ainda é muito intenso. Tenho muito prazer no que faço. Dei sorte: os lugares onde trabalhei se tornaram espaços de gentileza. Claro que existem problemas, mas sempre procuro criar um ambiente amoroso.”
Além do foco constante na renovação do programa, Serginho revelou que tem ideias para novos projetos. “Primeiro, estou sempre focado no Altas Horas, buscando fazer coisas diferentes. Mas, paralelo a isso, tenho algumas ideias para a TV que estão sendo analisadas.”
Referência entre o público jovem, o apresentador destacou ao Gshow que sempre buscou respeitar a individualidade dessa audiência. “Acho que não querer me equiparar aos jovens, nem tentar parecer jovem, ajuda. É uma atitude jornalística, não de comportamento. Sempre me informo muito sobre o que está acontecendo no mundo. Também busco respeitar o jovem e o adolescente. Mesmo quando não concordamos, é importante argumentar e ouvir. O ambiente do programa movimenta as pessoas a quererem participar.”
O filho Thomas também é presença frequente nos bastidores e, às vezes, no palco do programa. “Ele vai quando quer. Entende quem eu sou, mas isso não tem importância diante de outras pessoas. Ele vai para se divertir. Quando chega lá, parece que está em casa. Cumprimenta todo mundo, dança, mas depois não quer ver na TV. Não faz questão. Só quer se divertir”, contou o apresentador, que também disse não incentivar nem pressionar o menino a seguir carreira artística. “Nem cutuco. Não falo nada sobre isso. Nem sei se vai existir o mesmo formato daqui a 10 anos. A televisão está mudando muito. Ele sabe que lá é um lugar de diversão. Não quero que ele faça algo que não tenha vontade.”
Com um quarto de século no ar, o Altas Horas se mantém atual e conectado com o público. “A gente mistura música com talk show e está sempre atento ao que acontece no Brasil. Nos últimos três anos, passamos a tematizar ritmos musicais, homenagear pessoas ainda em atividade e trazer de volta figuras que há muito tempo não apareciam na TV. Procuramos mudanças, mas mantendo a essência. A estrutura com plateia 360º, bandas e entrevistados continua. Dentro disso, criamos quadros novos, mas o fundamental é dar voz ao público, e isso não vai mudar.”
Serginho também ressaltou o papel da equipe na curadoria do conteúdo. “A produção é essencial. Pesquisamos grupos novos, sons diferentes, personagens interessantes. A plateia também é rica em histórias. Isso tudo vira um desafio constante. Toda semana nos autocriticamos e nos aplaudimos para manter a motivação.”
Ao Gshow, o apresentador ainda revelou um sonho que permanece em aberto: levar Roberto Carlos e Chico Buarque ao programa. “O Roberto sempre diz que vai, e nunca foi. O Chico sempre diz que não vai, e eu ainda espero que ele vá”, brincou.
Entre os programas mais marcantes de sua trajetória, Serginho destacou algumas edições especiais. “Os aniversários surpresa são sempre especiais. Esse de agora foi inacreditável, principalmente o início. Também destaco um programa que fizemos no auditório do Ibirapuera só com mulheres, com participação da Rita Lee. As homenagens ao Milton Nascimento e ao Ney Matogrosso também são históricas para mim. E teve o programa com a Fernanda Torres que viralizou.”
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