BRASIL - A investigação sobre o acidente aéreo que matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas foi finalizada pela Polícia Civil de Minas Gerais nesta quarta-feira (4). Conforme o inquérito, a responsabilidade foi atribuída aos pilotos Geraldo Martins de Medeiros e Tarciso Pessoa Viana.

De acordo com os investigadores, Geraldo tinha mais de 30 anos de experiência, mas não era familiarizado com a região de Caratinga e não seguiu os procedimentos de praxe.

"Os manuais de procedimentos operacionais padrões da aeronave previam que o piloto deveria fazer o levantamento da existência de possíveis obstáculos nas proximidades. Caso os pilotos não tivessem tido a oportunidade de fazer esse levantamento, o manual previa um voo em passagem baixa para fazer esse levantamento no momento da aproximação", disseram os investigadores.

As investigações descartam ainda a possibilidade de mal súbito dos pilotos, falha mecânica ou outra causa. Em entrevista coletiva, o delegado de Caratinga, Ivan Lopes, afirmou que a apuração constatou que os pilotos agiram de forma negligente e imprudente.

Ainda de acordo com a investigação, eles deveriam ter feito contato com outros profissionais antes de pousarem no aeródromo de Caratinga. A prática é considerada um procedimento de praxe na aviação.

A polícia concluiu que houve "homicídio culposo triplamente qualificado". O caso, no entanto, foi arquivado já que ambos pilotos morreram no acidente.

A aeronave que levava Marília Mendonça, o produtor Henrique Bahia, o assessor Abicieli Silveira e os pilotos Geraldo Martins de Medeiros e Tarciso Pessoa Viana, caiu no dia 5 de novembro de 2021, no município de Piedade de Caratinga. O acidente foi causado por uma colisão com um cabo da Companhia de Energia de Minas Gerais (Cemig), que estava fora da área obrigada a ter sinalização pelas normas. 
 

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