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Klara Castanho desabafa sobre apoio familiar e limitações nas redes sociais

A atriz, de 22 anos, teve sua privacidade interrompida após caso de abuso e gravidez serem vazados.

Na Mira

Klara Castanho no programa Altas Horas.
Klara Castanho no programa Altas Horas. (Foto: Reprodução / TV Globo)

BRASIL - A atriz Klara Castanho, de 22 anos, abriu o coração no programa ‘Altas Horas’ e desabafou sobre um dos momentos mais difíceis da sua vida, o abuso e a gravidez. A atriz contou sobre o acolhimento da família em meio aos julgamentos na internet.

O apresentador Serginho Groisman, questionou a atriz sobre como ela faz para lidar com toda a exposição das redes sociais e, ainda assim, conseguir manter uma forma privada, diferente de outras atrizes de sua idade. 

"Tive uma rede de apoio intocável. Tenho a minha família como base da minha vida. A minha família é tudo para mim e sempre foi. Ter o apoio da minha família e saber que podia contar com eles e que eles estariam do meu lado em todas as circunstâncias, foi crucial", conta Klara.

“Minha rede de apoio se estendeu para muita gente necessária. Como a minha preocupação se expandia não só pela minha saúde mental, sempre tive acompanhamento psicológico, porque sempre foi e é necessário. Profissionalmente, tive pessoas que foram muito cruciais na minha vida e que são cruciais desde sempre, mas que nesse momento me ajudaram a entender como a barra seria segurada, e não a segurar a barra”, continuo falando.

A atriz também contou que toda essa rede de apoio foi essencial para passar pelo processo e por toda a exposição do caso de abuso e de gravidez nas redes sociais. "Eles dividiram o peso comigo para que as coisas fossem não mais leves, porque não foram leves em momento nenhum, mas para que eu conseguisse passar um dia após o outro. E é um processo diário ainda. É uma coisa, um momento da minha vida que vai me acompanhar durante muitos anos."

A atriz revelou a forma de como certos comentários chegam até ela e como ela lida com isso. “Viver na época das redes sociais é terrível. As pessoas acham que elas podem tudo. E por elas estarem protegidas por uma tela preta, elas têm a falta de compaixão cada vez mais explícita. A minha história foi contada de forma torta e, ainda bem, que a minha rede social me proporcionou a minha voz. Mas ali eu encontrei todos os tipos de pessoa”.

"Pessoas que não tinham ideia do que estavam falando, pessoas que leram uma manchete e assumiram que aquilo era a grande realidade. E existe uma grande comunicação geral que é: as pessoas nunca vão querer saber duas vezes da mesma história, elas sempre vão absorver a primeira informação. A minha informação foi a segunda, é a verdade, mas foi a segunda", continuou Klara.

No fim de suas falas, a atriz contou que recebeu muitos e-mails após tornar pública a violência que sofreu: "O ruído de informação vem até hoje. Depois de um tempo, minha mãe me contou que eu recebi 800 e-mails no dia que eu postei a carta, de pessoas não só mostrando compaixão, mas compartilhando a própria história. A minha história serviu para que eu entendesse que a internet não é mais mundo de ninguém. Querendo ou não, a gente acha quem são as pessoas. E ainda bem.

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