A atriz Carla Diaz, que ficou conhecida ao interpretar a personagem Khadija da novela "O Clone", está trabalhando em um novo filme onde interpretará Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, desde os 15 anos. O thriller se chamará "A História da Menina que Matou os Pais" e mostrará a vida de Suzane até o dia em que assassinou seus pais, Manfred e Marísia von Richthofen, em outubro de 2002.

De acordo com Carla, foi necessário emagrecer 5kg para que as gravações do filme começassem. "A direção me pediu para deixar o corpo menos definido, já que eu vinha de uma preparação intensa do Carnaval", explicou a atriz.

O diretor do filme, Maurício Eça, tem em seu currículo uma variedade de trabalhos bem diferenciados como o clipe de "Diário de um detento", dos Racionais MC's, e dois filmes da franquia infantil "Carrossel". Ele define o filme como um suspense que aborda o terror psicológico. O roteiro é da criminóloga Ilana Casoy, autora dos livros "O quinto mandamento" (Arx, 2006), que reconstitui o assassinato, e "Casos de família" (Darkside, 2016), sobre a morte dos Richthofen e de Isabella Nardoni. O escritor de literatura policial Raphael Montes também assina.

O filme tem estreia prevista para 2020.

O caso Richthofen

Suzane von Richthofen e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, à época namorado e cunhado de Suzane, assassinaram a pauladas o casal Manfred e Marísia von Richthofen, em outubro de 2002. Suzane e Daniel conheceram-se em agosto de 1999 e montaram todo o plano do crime. De acordo com as investigações, o namoro não tinha o apoio das famílias, principalmente dos Richthofen, que proibiram o relacionamento. Suzane, Daniel e Cristian então simularam um latrocínio e assassinaram o casal Richthofen, para assim os três dividirem a herança de Suzane.

No dia 31 de outubro de 2002, Suzane abriu a porta da mansão da família no Brooklin, em São Paulo, para que os irmãos Cravinhos pudessem acessar a residência. Depois disso eles foram para o segundo andar do imóvel e mataram Manfred e Marísia com pauladas na cabeça.

Na época, o interesse da população pelo caso foi tão grande que a rede TV Justiça cogitou transmitir o julgamento ao vivo. Suzane e Daniel Cravinhos foram condenados a 39 anos e 6 meses de prisão; Cristian Cravinhos foi condenado a 38 anos e 6 meses de reclusão.

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