Estudo

Mulheres são maioria na busca por educação financeira

Não é segredo que muitas mulheres recebem salários mais baixos que homens exercendo o mesmo cargo no mercado de trabalho.

Divulgação*

Atualizada em 27/03/2022 às 11h25
(Foto: Reprodução/ Google)

A proximidade do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, levanta a discussão sobre o perfil da mulher brasileira. Apenas nos últimos seis meses, elas têm sido a grande maioria entre os participantes de cursos de educação financeira, chegando a representar 58% do total, segundo levantamento da DSOP Educação Financeira, empresa atuante em todo o país.

Com o passar dos anos, cada vez mais mulheres vêm se tornando chefes de família no Brasil, e o fato delas serem maioria nos cursos de educação financeira – levando maridos e filhos para se educar também – evidencia a sua busca por melhorar a lida com as finanças, tanto pessoais quanto do lar.

Piadas machistas como “eu ganho e ela gasta” ainda estão muito presentes no dia a dia; claro que são brincadeiras, mas há aí uma generalização. Sabemos que grande parte das mulheres brasileiras administram as finanças da família, enfrentando dificuldades e buscando se educar financeiramente, e mesmo assim são taxadas de gastonas e descontroladas.

Não é segredo que muitas mulheres recebem salários mais baixos que homens exercendo o mesmo cargo no mercado de trabalho, sem contar os casos em que elas são sobrecarregadas com as obrigações domésticas, resultando em mais trabalho e menor retorno financeiro.

Outro ponto a se considerar é que as publicidades e propagandas são maiores para o sexo feminino do que para outros públicos, desde produtos de beleza até produtos de limpeza (que sempre mostram mulheres utilizando-os). O que ocorre com todo esse “assédio” é que, com a sensação de obrigação de pensar em tudo e em todos, a mulher acaba deixando de lado seus sonhos e desejos. E é isso o que devemos combater por meio da educação financeira.

Só estabelecendo e buscando conquistar seus sonhos é que elas alcançarão a independência financeira. Com a definição de seus objetivos, saberão o quanto precisam para atingi-los e, com o simples exercício de registrar mensalmente todos os seus gastos, descobrirão no que poderão economizar para realizá-los. E isso tudo sem ter que eliminar gastos que geram prazeres e que também têm relevância para suas vidas.

*Texto produzido por Reinaldo Domingos, doutor em educação financeira.

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