BRASIL - Parte da rotina dos brasileiros, o café é sinônimo de boas-vindas e consumido em vários momentos do dia. Além de estimulante por conta da cafeína, a bebida gera efeitos curiosos no organismo, por isso alguns cuidados devem ser redobrados durante a gestação. Apesar de polêmico, por não ser uma afirmativa com comprovação científica, alguns estudos internacionais, por exemplo, associam o uso em excesso do café durante a gestação com possíveis abortos.

Um deles, publicado no site da revista Fertility and Sterility, feito por cientistas norte-americanos, concluiu que mulheres que ingerem mais de duas bebidas com cafeína por dia, durante as primeiras sete semanas de gestação, são mais propensas a sofrer um aborto.

A pesquisa, que avaliou 501 casais no Michigan e no Texas, entre 2005 e 2009, ainda comparou o consumo excessivo de tabaco e de multivitamínicos, além de bebidas ricas em cafeína. Dentre 344 voluntárias, 98 abortaram involuntariamente. As conclusões dos pesquisadores se basearam no conceito estatístico chamado índice de risco, que estima a probabilidade de um resultado em particular durante o período de estudo.

Na dúvida, “o ideal é conversar com o especialista que acompanha a paciente”, alerta o ginecologista especialista em Reprodução Humana, Dr. Renato de Oliveira. Segundo o médico, o fato é que a cafeína, em quantidades excessivas, faz com que os vasos sanguíneos do corpo se contraiam. “Por isso a substância pode prejudicar a circulação útero-fetal, o que explicaria um possível aborto ou o parto prematuro”, explica.

O médico, porém, pondera: “Não é necessário cortar o café de forma radical do cardápio. O consumo da bebida tem de ser moderado, não devendo ultrapassar duas xícaras por dia. É bom lembrar que refrigerantes, chá preto e chocolates também contêm cafeína e devem entrar nesta conta diária”, destaca.

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