Após ofensas

Maju se diz feliz: ''Preconceituosos ladram, mas a caravana passa''

Ela declarou indignação com ''minoria'', mas feliz com carinho de apoiadores.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h41
(Reprodução)

Maria Júlia Coutinho, a Maju, se disse feliz pela campanha de apoio a ela e de repúdio a insultos raciais postados na internet. No Jornal Nacional desta sexta-feira (3), a jornalista agradeceu às manifestações de carinho. "Os preconceituosos ladram, mas a caravana passa", disse a jornalista.

Maju foi alvo de comentários racistas na página do Jornal Nacional no Facebook, em um post sobre previsão do tempo publicado na noite de quinta-feira com uma foto dela. Alguns internautas fizeram comentários ofensivos, e várias pessoas saíram em defesa da jornalista.

A hashtag #SomosTodosMajuCoutinho chegou ao topo dos trending topics, os tópicos mais comentados do Twitter nesta sexta-feira (3). Internautas criaram a tag para apoiar a repórter do Jornal Nacional.

"Acho importante, claro, essas medidas legais serem tomadas, até para evitar novos ataques a mim e a outras pessoas", disse a jornalista a respeito das investigações sobre o caso. "Não esmoreço, não perco o ânimo, porque acho que isso é o mais importante. Cresci em uma família muito consciente, de pais militantes, que sempre me orientaram. Eu sei dos meus direitos", declarou.

Os ministérios públicos (MP) dos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo se pronunciaram nesta sexta-feira (3) a respeito das ofensas sofridas em rede social pela apresentadora da Rede Globo, Maria Júlia Coutinho. O MP de São Paulo, segundo publicação no site da instituição, anunciou que foi instaurado “procedimento investigatório criminal" para apurar prática de racismo e injúria, qualificada contra a apresentadora.

A medida foi instaurada pelo promotor de Justiça Criminal, Christiano Jorge Santos, segundo o texto, depois de tomar conhecimento dos comentários feitos pelos internautas. O MP paulista ressalta que “caso de racismo é crime imprescritível e inafiançável. Já a injúria racial prevê pena de reclusão de um a três anos”.

No Rio de Janeiro, o MP informou, também pelo site da instituição, que sua Coordenadoria de Direitos Humanos solicitou à Promotoria de Investigação Penal que acompanhe o caso, com rigor, junto à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática. De acordo com o MP-RJ, ontem (02), a produção do Jornal Nacional publicou uma foto da apresentadora que faz a previsão do tempo. “Desde então, diversas mensagens ofensivas e de conteúdo racista têm sido direcionadas à repórter”, diz o texto.

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