Música

Fãs fiéis dão nova cara ao Palco Sunset em último dia

Destruction, Helloween e Sepultura estão entre os destaques.

Gustavo Sampaio / Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h03

RIO DE JANEIRO – “Não existe fã mais fiel que o metaleiro”, comentavam algumas pessoas em conversas aleatórias na Cidade do Rock. Na 13ª edição do Rock In Rio, esta frase fez todo o sentido. Principalmente se aplicada no último dia do festival, que contou com a maior plateia vista no palco secundário, só empatando com a apresentação do The Offspring no segundo dia de evento.

Um bom line-up e a uma fraca escolha para abrir o Palco Mundo (com o Kiara Rocks) deu, ao Palco Sunset, mais uma oportunidade de ser os “ovos de ouro” do festival. Tanto ganhou méritos com a excelência de todos os sete dias (e, principalmente, deste último) que, em 2015, será maior, abrangendo a área em que, hoje, fica a Montanha Russa.

Em seu último dia, o poder metaleiro iniciou com a dobradinha de André Matos e a banda Viper. A fidelidade dos fãs foi vista desde a abertura dos portões: filas longas demonstraram que grande parte do público planejava acompanhar as atrações do domingo desde o começo. Contrário aos demais dias, onde a plateia seguia escassa até às 16h, André Matos e seus ex-companheiros de banda contagiaram de forma exemplar, começando com “Liberty” e “I Will Return”.

Foto: Getty Images
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Mas foi nas homenagens que o show mostrou sua eficiência. A lírica “Fairy Tale”, do Shaman, deu vez às pancadas de “Lisbon”, “Angels Cry” e “Carry On”, do Angra, garantindo coros, urros, rodas, moshs e uma boa recepção dos “headbangers”. A sequência de canções do Viper, com destaque para “Prelude To Oblivion”, seria um dos pontos altos da apresentação, se ela ainda não contasse com a vibrante homenagem ao Queen em “We Will Rock You”.

A segunda apresentação mostraria o encontro entre o thrash e o death metal. Destruction, direto da Alemanha, e o Krisiun, direto de solos gaúchos, mostraram, juntos, o vigor das batidas agressivas do metal. Com som brutal, muitos foram à loucura com as pegadas de “Curse The Gods”, “Nailed To The Cross” e “Bestial Invasion". Mas bastou o Krisiun adentrar o palco que a reprodução de suas canções não saiu por menos.

Foto: Getty Images
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Músicas como “Kings Of Killing” e “Vicious Wrath” dominaram uma parcela da cidade mais roqueira do Rio de Janeiro. O fim, com “Total Disaster”, reforçavam a presença daqueles grupos no Sunset.

No terceiro show, um clima de reecontro: Kai Hansen rememora os bons tempos de Helloween ao lado do grupo em cima do Palco Sunset. O grupo de power metal alemão, comandado por Andi Deres, fez de tudo para que o público ali se divertisse, com os já clássicos pedidos de empolgação e as tentativas de falar em português. Mesmo assim, problemas com o som não ajudavam a banda.

Intempéries à parte, foi o êxito com que canções como “If I Could Fly”, “I’m Alive” e, principalmente, “Power”, garantiram um dos melhores coros do palco secundário. Mas a entrada de Kai Hansen garantiria, ainda, boas surpresas. “Dr. Stein”, “Future World” e “I Want Out” fecharam o repertório.

A noite agitada teria, ainda, uma mistura brazuca bem divertida. Zé Ramalho e Sepultura, chamados pelo guitarrista Andréas Kisser de “Zépultura”, brindou aos fãs com uma surpresa não pela distinção de estilos, mas pela forma com que clássicos do disco “Roots”, do Sepultura e canções mais acessíveis de Zé, como “Admirável Gado Novo” se mantinham vivas no palco.

Foto: Getty Images
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“Tocaremos ‘Ratamahata’, mas não dá para exigir mais músicas do Sepultura pro Zé Ramalho”, brincou Andreas Kisser durante coletiva na última quinta-feira (19), antes do Sepultura subir ao Palco Mundo com o grupo francês Tambours du Bronx. Não deu para exigir, mas a versão saiu diferente, claro, mas agradável.

“Spit” e “The Hunt” lembravam que a tarde havia sido dominada pelo metal no palco secundário. Mas canções como “Da Lama Ao Caos”, do Chico Science, “Em Busca do Ouro”, do Andreas e “A Dança das Borboletas”, do próprio Zé, conseguiram ecos da multidão que foi fiel, do começo ao fim, ao Palco Sunset, neste domingo.

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