Em Alcântara

Museu em Alcântara mostra aristocracia rural maranhense do século XIX

Criado em novembro de 2004, Museu Casa Histórica de Alcântara retrata os tempos do Brasil Imperial.

Na Mira, com informações do Ministério da cidadania

Atualizada em 27/03/2022 às 11h12
São cerca de mil peças e obras que retratam o período, como mobiliário, indumentárias, acessórios, louças, iconografias, cerâmicas e azulejos.
São cerca de mil peças e obras que retratam o período, como mobiliário, indumentárias, acessórios, louças, iconografias, cerâmicas e azulejos. (Foto: divulgação)

ALCÂNTARA - Preservar a memória da antiga aristocracia maranhense, de quando o trabalho escravo sustentava o sistema de vida luxuoso na cidade de Alcântara, com seus engenhos de açúcar, de extração de sal e os cultivos de arroz, fumo e algodão, é o objetivo do Museu Casa Histórica de Alcântara, administrado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), vinculado ao Ministério da Cidadania.

Instalado em um sobrado colonial na Praça da Matriz, o museu e seu acervo possibilitam lançar um olhar sobre a história do Brasil e do município, localizado a cerca de 400 quilômetros de São Luís e sede do Centro de Lançamento de Foguetes da Força Aérea Brasileira por sua localização estratégica próxima à Linha do Equador.

Criado em novembro de 2004, o Museu Casa Histórica de Alcântara retrata os tempos do Brasil Imperial por meio da sua arquitetura colonial e de seu acervo, expondo a opulência dos hábitos e costumes da aristocracia rural da cidade maranhense durante o século XIX. Segundo a diretora da instituição, Karina Costa, os barões, na época, usavam o sobrado como casa de veraneio e como entreposto de mercadorias produzidas nos engenhos para serem levados a São Luís.

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Um dos últimos barões a viver no sobrado, um alfaiate chamado Antonino da Silva Guimarães, comprou muitas propriedades na região, incluindo o que havia dentro delas. No sobrado, na parte de baixo, havia uma loja de tecidos e armarinho e outra de gêneros alimentícios e utilitários domésticos, além de uma botica. “Nesse comércio, ele fez muitas negociações de escambo, então muitas dessas peças que ele negociou acabaram ficando dentro do prédio e isso tudo foi se transformando em acervo”, conta.

São cerca de mil peças e obras que retratam o período, como mobiliário, indumentárias, acessórios, louças, iconografias, cerâmicas e azulejos. “Nós temos, por exemplo, jogos de porcelana inglesa, japonesa e francesa, além de baixelas, jogos de jantar e toda parte de cozinha. Há também peças de mobília europeia, em madeira de sândalo e em madeira trabalhada, que vão do século XIX ao século XX”, exemplifica.

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