ALCÂNTARA - Preservar a memória da antiga aristocracia maranhense, de quando o trabalho escravo sustentava o sistema de vida luxuoso na cidade de Alcântara, com seus engenhos de açúcar, de extração de sal e os cultivos de arroz, fumo e algodão, é o objetivo do Museu Casa Histórica de Alcântara, administrado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), vinculado ao Ministério da Cidadania.
Instalado em um sobrado colonial na Praça da Matriz, o museu e seu acervo possibilitam lançar um olhar sobre a história do Brasil e do município, localizado a cerca de 400 quilômetros de São Luís e sede do Centro de Lançamento de Foguetes da Força Aérea Brasileira por sua localização estratégica próxima à Linha do Equador.
Criado em novembro de 2004, o Museu Casa Histórica de Alcântara retrata os tempos do Brasil Imperial por meio da sua arquitetura colonial e de seu acervo, expondo a opulência dos hábitos e costumes da aristocracia rural da cidade maranhense durante o século XIX. Segundo a diretora da instituição, Karina Costa, os barões, na época, usavam o sobrado como casa de veraneio e como entreposto de mercadorias produzidas nos engenhos para serem levados a São Luís.
Leia também: Museu da Gastronomia Maranhense sedia oficina gratuita de culinária
Um dos últimos barões a viver no sobrado, um alfaiate chamado Antonino da Silva Guimarães, comprou muitas propriedades na região, incluindo o que havia dentro delas. No sobrado, na parte de baixo, havia uma loja de tecidos e armarinho e outra de gêneros alimentícios e utilitários domésticos, além de uma botica. “Nesse comércio, ele fez muitas negociações de escambo, então muitas dessas peças que ele negociou acabaram ficando dentro do prédio e isso tudo foi se transformando em acervo”, conta.
São cerca de mil peças e obras que retratam o período, como mobiliário, indumentárias, acessórios, louças, iconografias, cerâmicas e azulejos. “Nós temos, por exemplo, jogos de porcelana inglesa, japonesa e francesa, além de baixelas, jogos de jantar e toda parte de cozinha. Há também peças de mobília europeia, em madeira de sândalo e em madeira trabalhada, que vão do século XIX ao século XX”, exemplifica.
Saiba Mais
- Museu de Arte Sacra terá visitas teatralizadas toda sexta-feira no mês julho
- Semana Nacional de Museus tem mais de mil participantes em todo o país
- Memorial Sebrae Maranhão abre exposição e divulga atividades que integram a Semana Nacional de Museus
- Debates sobre a educação pela oralidade compõem programação da 22ª Semana Nacional de Museus no CCVM
- Ibram abre inscrições para edital que destina R$ 4 milhões para modernização de museus
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.