SÃO LUÍS - A Operação Tântalo foi o tema central da entrevista concedida pelo promotor de Justiça Fernando Berniz, integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), ao programa Ponto Final na Rádio Mirante News FM, nesta terça-feira (30). Durante a conversa, o promotor explicou como as investigações revelaram fraudes em licitações, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no município de Turilândia.
“Nós já tínhamos a certeza que havia uma organização criminosa, lavagem de capitais, fraude em licitação, falsidade, falsificação de documento público e peculato”, relatou Berniz.
Investigação identificou licitações fraudulentas e uso de empresas de fachada
A Operação Tântalo teve início a partir da análise de relatórios de inteligência financeira e do cruzamento de dados sobre o consumo de combustível no município. O promotor explicou que chamou atenção o volume adquirido em relação à frota existente.
“No ano de 2022, tinha apenas nove carros para esse volume de combustível”, o que motivou o aprofundamento das investigações e a constatação de que o combustível sequer era entregue.
Recursos públicos bancavam despesas pessoais de agentes políticos
Ao detalhar o avanço das apurações, Fernando Berniz afirmou que o esquema ia além de uma única empresa e envolvia gastos pessoais custeados com dinheiro público.
“A empresa participava da licitação, ganhava, o dinheiro da prefeitura era pago para a empresa e a empresa utilizava para custear as despesas pessoais do chefe do executivo, da primeira-dama, da ex-vice-prefeita e para pagar débitos de campanha eleitoral”, segundo ele o esquema permaneceu ativo mesmo após a primeira fase da operação.
Assista.
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