PONTO FINAL

Urologista alerta sobre importância da prevenção e quebra de tabus durante o Novembro Azul

Em entrevista ao programa Ponto Final, o médico Paulo Roberto reforçou que o diagnóstico precoce é essencial no combate ao câncer de próstata e destacou a necessidade de os homens superarem o preconceito e buscarem acompanhamento médico.

Mirante News FM

Atualizada em 30/10/2025 às 12h43
Dr. Paulo Roberto em entrevista ao Ponto Final com Jorge Aragão.
Dr. Paulo Roberto em entrevista ao Ponto Final com Jorge Aragão. (Wesly Lima / Mirante News FM)

SÃO LUÍS - Durante o quadro Papo de Urologista, no programa Ponto Final desta quinta-feira (30), o médico urologista Paulo Roberto falou sobre o Novembro Azul, campanha que busca conscientizar o público masculino sobre a importância dos cuidados com a saúde, especialmente na prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata.

“Novembro azul ele é uma campanha que coloca o homem no centro do cuidado... A grande mensagem dele é conscientização sobre os homens da importância de tá se cuidando”, afirmou o urologista. Ele destacou que o câncer de próstata é uma das doenças que mais matam homens no Brasil e que a cada 38 minutos um homem morre em decorrência da doença.

A importância do diagnóstico precoce

De acordo com o médico, o câncer de próstata, quando diagnosticado em fases iniciais, tem até 95% de chance de cura. “O grande problema do câncer de próstata é o preconceito muito grande em torno do tipo de exame que é feito... Acaba que os pacientes evitam ao máximo procurar essa consulta”, explicou.

O doutor também ressaltou que o exame de toque retal, embora essencial em alguns casos, não é mais a única forma de diagnóstico. “Existe hoje o PSA, exame de sangue, e outros métodos como a ressonância... Então não tem mais justificativa para o paciente não ir se consultar com medo de um exame tão simples”, disse.

Ele reforçou que pacientes com histórico familiar de câncer de próstata devem iniciar os exames a partir dos 45 anos, enquanto os demais podem começar aos 50. Além disso, hábitos saudáveis e acompanhamento médico regular ajudam a reduzir riscos e garantem melhor qualidade de vida.

Machismo e desinformação ainda são barreiras

O médico destacou que o preconceito e a falta de informação continuam sendo grandes obstáculos. “Por incrível que pareça, todo dia eu consulto o homem porque a mulher leva ele para o consultório puxando pelo braço... É muito difícil pacientes acima de 55 anos quererem se consultar”, contou.

Paulo Roberto reforçou a importância da família no incentivo aos cuidados com a saúde masculina. “A família tem um papel primordial nisso... O filho, a filha, a esposa devem encorajar o homem a se consultar, porque se deixar somente na mão dele, muito provavelmente ele não vai”, afirmou.

Novos métodos e dúvidas dos ouvintes

Durante a entrevista, o urologista respondeu perguntas de ouvintes sobre o exame de toque, valores normais do PSA e outras condições, como a hiperplasia prostática benigna. Ele explicou que o PSA considerado normal varia conforme a idade e que hoje há exames complementares, como a ressonância, que auxiliam na detecção da doença.

“O paciente tem que ter liberdade com o médico de dizer: ‘doutor, eu quero fazer o rastreio dessa forma’. Se ele não tiver preconceito, a gente faz tudo, PSA, toque, ultrassom, ressonância e aí é mais seguro”, afirmou.

Assista.

 

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