São Luís ganha filial do Movimento Nacional Baque Mulher

Ao prestigiar o CORTEJO JUNINO do MARACATU BAQUE MULHER SÃO LUÍS cheio de ritmos e empoderamento feminino, no último domingo (23/6) acabou gerando uma pauta significativa para o PLUGADO NA MIRANTE FM, o programa conceitual da família, feito de música, bons conteúdos e troca ideia. E assim aconteceu na conversa com HÉVENY ARAÚJO e POLYANA AMORIM, representando o MARACATU BAQUE MULHER SÃO LUÍS, conceituado pelas entrevistadas como feministas do Baque Virado, filial do Movimento Nacional Baque Mulher, fundado em 21 de outubro de 2020. Filhas da Nação de maracatu Encanto do Pina, primeira Nação do Maracatu de Baque Virado comandada por uma Mulher, Mestra Joana Cavalcante.

"A mestra, uma mulher negra, mãe de santo no terreiro de candomblé Ylê Ashé Oxum Deym, e moradora da periferia de Recife, em Pernambuco, fundou o Movimento de Empoderamento Feminino Baque Mulher - Feministas do Baque Virado, que hoje possui mais de 35 filiais ativas no Brasil e em Portugal. Este movimento, tocado exclusivamente por mulheres, ecoa a cultura ancestral e negra pelos quatro cantos do país e além. O Rosa e o Laranja representam as Orixás de Guerra, Yansã e Obá, matronas do nosso Movimento. Junto delas e das outras filiais, construímos nossa luta contra a violência, o preconceito e o opressor", relata Héveny. "Ao longo de quase quatro anos atuando na cidade, o Maracatu do Baque Mulher São Luís já reuniu mais de 200 mulheres em oficinas de maracatu realizadas em espaços públicos, já promoveu vivências de maracatu em escolas da rede estadual, em centros comunitários, em institutos de apoio a mulheres em vulnerabilidade social, em eventos diversos e em casas de axé, difundindo o maracatu de baque virado no Maranhão e fomentando debates sobre o protagonismo das mulheres na cultura popular, direitos das mulheres, combate à violência de gênero e intolerância religiosa", complementa Polyana.

Enfim, as ações do Movimento Baque Mulher São Luís se organizam entre diálogos e rodas de conversa; estudos e oficinas sobre o fundamento do Maracatu e do Movimento Baque Mulher; ações articuladas com setores locais e com o movimento nacional; campanhas de comunicação socioeducativas; apoio e realização de projetos e atividades socioculturais; e por fim, culminamos com o Baque Virado nas ruas, em cortejos e apresentações culturais, lutando coletivamente por uma sociedade mais igualitária e segura para as mulheres.

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