Troca de Ideia

Coletivo Julho das Pretas movimenta São Luís

Neste sábado, dia 22 de julho de 2023, o encontro de Vivências Mulheres de Axé: vozes sagradas da natureza pelo bem viver, que faz parte da programação do Julho das Pretas.

Pedro Sobrinho / Jornalista

Atualizada em 20/07/2023 às 09h24
Áurea Borges e Jô Brandão no Julho das Pretas. Foto: Divulgação
Áurea Borges e Jô Brandão no Julho das Pretas. Foto: Divulgação (Divulgação)

O Coletivo Dan Eji,o Conselho Municipal da Condição Feminina, o Fórum Estadual Permanente da sociedade civil de Saúde da População Negra do Maranhão, oIlê Axé Alagbede Olodumare e o Fórum Maranhense de Mulheres, realizam neste sábado, dia 22 de julho de 2023, o encontro de Vivências Mulheres de Axé: vozes sagradas da natureza pelo bem viver, que faz parte da programação do Julho das Pretas.

Em entrevista ao PLUGADO, na MIRANTE FM, no quadro TROCA DE IDEIA, ÁUREA BORGES e JÔ BRANDÃO falaram da programação do JULHO DAS PRETAS, cujo objetivo é o fortalecimento da ação política coletiva e autônoma das mulheres negras nas diversas esferas da sociedade.

- As mudanças climáticas e o racismo ambiental tem impactado a vida dos povos e comunidades tradicionais na medida que interfere nos seus modos de vida e suas crenças,intrinsecamente ligadas a natureza.Realizar o Encontro visa o fortalecimento dacosmovisão determinada pela crença na regência da natureza pelos orixás, inkices, voduns e todas as entidades espirituais,cultuadas pelos povos de terreiros. Portanto preservá-las, como força vital, é um valor ancestral. A garantia de acesso aos recursos naturais e a proteção de territórios sagrados, é uma reparação histórica para as religiões de matriz africana e em especial as mulheres de axé. Dessa forma, o enfrentamento ao racismo religioso e a implementação da política integral da saúde da população negra considerando a valorização dessas práticas e a participação social dessas comunidades são pautas importantes no JULHO DAS PRETAS - ressalta JÔ BRANDÃO.

- A programação do evento conta com rodas de conversas, interativas sobre práticas e direitos das mulheres de axé, além de momentos culturais com poesia música e culinária tradicional.Realizar o evento na comunidade do Gapara traz à tona também os problemas ambientais e os impactos sociais vividos pelas comunidades tradicionais de terreiros da área Itaqui Bacanga - complementa ÁUREA BORGES.

O Encontro conta com a parceria do Sítio Casa de Elena e o apoio do Fondo de Acción Urgente.
Local: Sítio Casa de Elena, Rua 03, Cidade Nova, Gapara

Programação

Manhã

8h30 café da manhã
9h acolhimento- mulheres de Axé
9h20 - roda interativa: mulheres de axé, as práticas de cuidados e a espiritualidade que vem da natureza. Mãe Roxa – Terreiro Fé em Deus; Mãe Jô Santos - Tenda São Jorge
Tumajumace – Maracanã; Mãe Venina de Ogum – Ilê Axé Alagbede Olodumare/Paço do Lumiar
11h - roda interativa: cozinhando e cantando as heranças ancestrais africanas, na culinária maranhense. Iya Jô Brandão - Coletivo Dan Eji; Side Mane -Guiné Bissau Elena Alves - Casa de Elena
12h30 - Almoço, cantoria e poesia.

Tarde

14h - roda interativa: atenção, autocuidado e afetos. Silvia Leite/Conselho Municipal
da Condição Feminina e Fórum Estadual de Saúde da População Negra; Francisca
Cardoso/Fórum Maranhense de Mulheres; Áurea Borges /Terapeuta integrativa/Grupo
de Mulheres Negras Mãe Andresa; Ana Luísa Borges/Socióloga, Coordenadora do CONTATO: coletivodaneji@gmail.com
Endereço: Rua 4, CASA 20 conjunto COHATAB/GAPARA, São Luís/MA CEP
65083634

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