Troca de Ideia

Bartira Magalhães conecta música dos Los Hermanos, Chico Buarque e Eduardo Dusek com Terapia Cognitiva

O que foi feito do bom senso, brincar de ser feliz no Carnaval, a desmistificação da psicoterapia com item de luxo, foram alguns temas abordados com a psicóloga anfitriã no Plugado, na Mirante FM

Pedro Sobrinho / Jornalismo

Atualizada em 09/03/2023 às 11h04

O PLUGADO, na MIRANTE FM, apresentou pontos de interseção entre a música dos Los Hermanos, Chico Buarque e Eduardo Dusek, com a Terapia Cognitiva. E como anfitriã no quadro TROCA DE IDEIA, a psicóloga BARTIRA MAGALHÃES OLIVEIRA, baiana, acolhida por São Luís, capital maranhense, onde reside há 25 anos, que constatou que isso possível. Para ela, brincar de ser feliz no carnaval é tentar esconnder a melancolia, fingir que está tudo bem até a quarta-feira de cinzas, "mas por outro lado, o deixa eu brincar de ser feliz é uma estrategia compensatória que o nosso psiquismo tem pra sobrevier a tantas mazelas, tantas descontruções", complementa.

Bartira no Plugado, na Mirante FM. Foto: Divulgação
Bartira no Plugado, na Mirante FM. Foto: Divulgação

E quando o assunto é o que feito da palavra BOM SENSO, Bartira brinca dizendo que está esquecido em uma gaveta bem fechadinha. E o que se vê também é o discurso de liberdade de expressão às vezes distorcido.

- A gente vê isso em diversos segmentos da sociedade. Tá falando bom senso na educação dos filhos, na proteção dessas crianças que estão sendo geradas e criadas. Tá faltando bom senso na comunicação enrtre os seres humanos, principalmente, depois da internet como forma principal das pessoas se comunicarem. O brasil consegue ser campeão no mundo em número de celulares. E com essa nova maneira de se comunicar as pessoas estao fazendo uso inapropriado das palavras, violentando umas as outras cotidianamente. Este comportamento violento virtual tem gerado muito adecimento psíquico. A gente vê muita falta de bom senso entre o que a gente acredita e como a gente se comporta. os nossos valores sejam eles quais forem não estão sendo condizentes com o nosso comportamento. Essa comunicação entre as pessoas cada vez mais virtualizadas, simplificadas, restristas no sentido subjetivo, está tornanado a gente menos tolerantes, menos amorosos, menos poéticos.  Estamos virando pequenos robôs e isso começa dentro de casa. A relação da primeira infância devem ser bem consolidadas. Além do cuidado com a escola, o bom senso tem que partir na educação dos nossos filhos, da relação com os nossos cônjuge, com os nossoa amigos, com a sociedade, e não é isso que a gente tá vendo na sociedade brasileira e mundial. Liberdade de expressão não é cancelar o outro - alerta.

Com a crescente de doenças mentais no país, principalmente com a Pandemia, Bartira se mostra preocupada e defende pela desmistificação e conscientização que cuidar da mente é essencial para o bem estar.

- Tem muita gente que ainda acha que a psicoterapia é um item de luxo, coisa de rico, embora este conceito esteja aos poucos caindo por terra. Já existem algumas casas em São Luís que desenvolvem tratamentos de forma acessível Temos que romper com este elitismo, assim com a psicofobia. Achar que seja coisa de louco ir ao psicólogo. Isso ainda repercute no imaginário coletivo e nas crenças culturais arraigadas. É preciso desmistificar o papel do psicólogo, psiquiatra, dos profissionais de saúde mental no cotidiano. A gente tem que deixar de brincar de ser feliz e encarar a necessidade de ajuda quando o especialista pode mudar o rumo da vida de alguém - esclarece.

Maranhensidade

Indagada sobre os aspectos que inspiram para que chegasse até São Luís e contribuiram para que ela escolhesse a cidade para morar e construir uma história de vida, BARTIRA, foi categórica em dizer que ao aportar por São Luís foi contaminada pela música, gastronomia e a cultura popular do Maranhão. "A música, o bumba meu boi, o tambor de crioula e as comidas típicas maranhenses me estabeleceram aqui. Hoje, me sinto mais maranhense do que baiana", define.

Perfil

Graduada em Psicologia, com ênfase em Terapia Cognitiva, criada por Aaron Beck, psicólogo e neurologista norte-americano. Mais detalhes da conversa estão no Podcast, Mirante FM/Plugado.

 

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.