TrançaAtlânticas

Documentário com direção e elenco maranhense está no catálogo do Globoplay

Dirigido por Isabela Leite e produção executiva de Louyse Silva, o Trançatlânticas retrata a vivência de trancistas da periferia de São Luís

Pedro Sobrinho / Jornalista

Atualizada em 09/03/2023 às 11h28

Dirigido por ISABELA LEITE e produção executiva de LOUYSE SILVA, a obra audiovisual põe em tela trancistas que tra(n)çam caminhos coletivos e mostram a história de poder por trás da estética. Espiral de falas, poesias recitadas, cabelos sendo trançados, cenas da correria do dia a dia e salões de beleza conquistados com muito esforço.

Eudi Melo e Isabela Leite no Plugado, na Mirante FM. Foto: Leticia
Eudi Melo e Isabela Leite no Plugado, na Mirante FM. Foto: Leticia

As trancistas EUDI MELO, BIA KELLEN E MARIAMA, além da cantora CÉLIA SAMPAIO, "a dama do reggae maranhense", e a poeta DÉBORA MELO estrelam no elenco do documentário, mostrando o paralelo entre cabelo, ancestralidade, vivências e afeto, direto da periferia de São Luís-MA.

Documentário Trançatlânticas no Globoplay. Foto: Divulgação
Documentário Trançatlânticas no Globoplay. Foto: Divulgação

Na edição dessa segunda-feira (14/2), ISABELA LEITE e EUDI MELO conversaram com o jornalista PEDRO SOBRINHO, no TROCA DE IDEIA, no PLUGADO, na MIRANTE FM, do “TRANÇATLÂNTICAS”, que está no catálogo do GLOBOPLAY desde o dia 27 de janeiro deste ano.

Segundo as MENINAS, é um documentário cheio de cores, sons e formas urbano-quilombo-quebrada, onde cinco mulheres jovens e de periferia dão o tom de uma conversa-caminho.

Para ISABELA, o documentário retrata cenas do cotidiano em que se misturam a lapsos no espaço, invocando o encantamento dos sentidos.

- Trançatlânticas é um documentário entre as raízes ancestrais do trancismo, representação identitária, empoderamento econômico e manifestação artística, um universo potente se revela. É um convite para pensar sobre autocuidado, auto realização, independência financeira, lugar no mundo e rotas que tornam tudo isso possível - enfatiza.

O PODER DO CABELO CRESPO

Para EDI MELO, cuja história com o "trançar" é genético, hereditário, em que se transformou em 'EMPREENDEDORA PRETA", o ato de trançar o cabelo é mais do que um código estético, é herança de uma história de resistência, resiliência e ancestralidade para a população negra.

- Este ato é geralmente transmitido por mulheres de geração para geração e o aprendizado da técnica é feito através da observação. Esta é a minha experiência de vida que me fez empoderar e viver profissionalmente com trancista - diz.

A representatividade presente no ato é um dos temas do documentário “Trançatlânticas” da produtora auiovisual e cultural maranhense Explana Mermã, que está disponível na plataforma Globoplay.

O documentário “Trançatlânticas” foi incentivado pelo edital “Curtas Futura + co.liga”, uma realização da Fundação Roberto Marinho, por meio do Canal Futura e parceria com a co.liga, escola virtual de economia criativa que tem o objetivo de promover a inclusão produtiva de juventudes brasileiras em situação de vulnerabilidade econômica e social. A principal proposta do edital era contribuir para a capacitação dos interessados no setor, criando ainda um espaço onde as juventudes possam ter vozes para expressar suas pautas por meio da arte visual. A banca avaliadora selecionou 30 propostas, e cada um dos projetos recebeu R$ 12 mil para a produção do filme.

“Trançatlânticas” está no catálogo do Globoplay.

Sobre a direção:

Isabela Leite é filha de mãe pedagoga e pai multiartista, se interessou por educação, línguas, política e causas sociais desde o ensino médio colegial; onde teve as primeiras experiências na militância política, trabalhos coletivos e lecionando. Na escrita criativa é roteirista, projetista, redatora, entre outras; diretora cinematográfica, graduanda em Letras habilitação Língua Inglesa,  professora de inglês, e produtora cultural.

Sobre o Explana Mermã:

Produtora audiovisual e cultural independente, fundamentada principalmente por mulheres pretas da periferia de São Luís (MA), que atua desde 2019. Inicialmente criando entrevistas e videoclipes para o YouTube e posteriormente realizando circuitos de cinema nas quebradas, além da produção de documentários.

Ficha Técnica

Produção Executiva: Louyse Silva

Diretora e Roteirista: Isabela Leite

Diretor de Fotografia e Câmera: Kadu Vassoler  

Montagem e edição: D’glan Ramon

Edição de Som: Paulo Muniz

Assistentes de produção: Lucas Silva e Letícia Sousa

Still: Beatriz Pires 
 

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