Feira do Livro Internacional de Paraty

Andréa Oliveira participa de Roda de Conversa na Flip, em Paraty, RJ

A jornalista e escritora maranhense falará do seu livro Maria Firmina, a menina abolicionista, que será a grande homenageada da Feira

Pedro Sobrinho/Jornalista

Atualizada em 22/11/2022 às 23h48
Andréa Oliveira, jornalista e escritora. Foto: Divulgação
Andréa Oliveira, jornalista e escritora. Foto: Divulgação (Divulgação)

A jornalista e escritora, Andréa Oliveira, autora do livro Maria Firmina, a menina abolicionista, participa de roda de conversa na programação oficial do evento, nesta sexta, às 9h, na Praça da Matriz, em Paraty, no Rio de Janeiro.

A escritora Andréa Oliveira apresenta em Paraty, durante a Flip – Festa Literária Internacional de Paraty, o livro MARIA FIRMINA, a menina abolicionista, biografia para crianças e jovens da primeira romancista do Brasil, que sai agora pela editora Vento Leste.

A autora participa da mesa Conversa à Beira Mar ao lado da escritora Simone Mota, na programação oficial da Flipinha, etapa infanto-juvenil do evento, que volta ao presencial neste ano homenageando Maria Firmina dos Reis, primeira autora negra homenageada pela FLIP. O encontro será nesta sexta, 25, às 9h, na Praça da Matriz.

A obra inaugura a Coleção Meninas do Maranhão, série de biografias infanto-juvenis sobre grandes mulheres maranhenses. Com ilustrações da artista visual Mônica Barbosa, o livro é fruto de dois anos de pesquisa a respeito da personagem e também da escravidão, um dos capítulos mais cruéis da história do mundo e principalmente do Brasil, o último país das Américas a abolir essa prática.

A vida de Maria Firmina dos Reis é tão rica de acontecimentos impressionantes que parece até inventada: uma menina afrodescendente no Maranhão do século 19, criada numa vila do interior sem a figura paterna e distante do mundo dos privilégios vir a se tornar a primeira professora concursada do estado, a primeira mestra-régia, a romancista publicada nos jornais da capital.

Ela também foi quem criou a primeira escola em que meninas e meninos estudavam as mesmas lições, a escritora que deu voz às pessoas escravizadas, fossem africanas e seus descendentes, fossem indígenas; e questionou o lugar das mulheres. Maria Firmina dos Reis atuou também como poeta e compositora dos festejos populares, autora de toadas que até hoje encantam mestras e mestres do bumba meu boi do Maranhão.

Andréa Oliveira, que estreou no gênero biográfico com a história do compositor João do Vale, em João do Vale – mais coragem do que homem (EDUFMA, 1998) e João, o menino cantador (Pitomba!, 2017), inicia, com este novo título, uma ciranda de mulheres em todas as etapas da produção literária.

Além da companhia de Mônica Barbosa, nas ilustrações, o livro tem projeto gráfico de Tay Oliveira, revisão de texto de Eulália Oliveira e a impressão foi feita na gráfica Gênesis, comandada por Eva Mendonça.

O projeto Maria Firmina, a menina abolicionista foi contemplado pela Lei Aldir Blanc (SECMA).

Serviço:

O quê: Mesa Conversa à Beira Mar
Quando: 25 de novembro, às 9h
Onde: Tenda da Flipinha – Praça da Matriz (Paraty – RJ)
Aberto ao público

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