Resenha

Potência do movimento Hip Hop do Maranhão é celebrada no Festival Kebrada

O festival Kebrada aconteceu de 6 a 21 de dezembro, reunindo 48 artistas em shows, batalhas, oficinas, troca de ideias, graffiti e muita dança. Participaram de fora o DJ Erick Jay, Thiago Elniño e Rincon Sapiência.

Pedro Sobrinho/Jornalista

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56

O rap brasileiro ganha espaço e reflete a realidade de várias quebradas do País. O Maranhão faz parte deste contexto. O movimento Hip Hop, principalmente em São Luís, tem uma história movimentada e intensa. Bandas como Clã Nordestino, T.A. Calibre 1, As Batalhas de Rimas, B-Boys, B-Girls, MC Alcino, representando o bairro do Anjo da Guarda, DJ Juarez, DJ Adaga, Costello, Preto Nando, Preto Ghoez, Lamartine, Ed Bruzaca, entre tantos outros nomes significativos que têm contribuído para colocar a cena do rap local em evidência, mesmo com todo o preconceito que o movimento ainda sofre dos desavisados de plantão.

Rincon Sapiência trocando ideia com a moçada do rap local no CCVM. Foto: Clarissa Vieira/CCVM
Rincon Sapiência trocando ideia com a moçada do rap local no CCVM. Foto: Clarissa Vieira/CCVM

E buscando reconhecer a força do rap local, há dois anos consecutivos, ocorre em São Luís, com o apoio da Fundação Vale, o Festival Kebrada. Gratuito, a iniciativa foi criada como Poder de Fala da moçada de diversas quebradas da cidade. O Kebrada busca também trocar ideias com pessoas de outras comunidades periféricas do País. E a resposta tem sido a melhor possível. Na edição deste ano, além de um mapeamento da cadeia produtiva do rap local, o evento contou com oficinas, dança, troca de ideias, grafitahem, batalhas e shows. Entre os ilustres convidados de fora o DJ Erick Jay (SP), os rappers Thiago Elniño (RJ) e Rincon Sapiência (SP).

Enfim, quando se vê o rap ocupando os palcos é a justiça sendo feita pelos bons trabalhos.

A cena feminina do rap local bem representada no Festival Kebrada. Foto: Clarissa Vieira/CCVM
A cena feminina do rap local bem representada no Festival Kebrada. Foto: Clarissa Vieira/CCVM

O que foi o Festival

A segunda edição do festival criado pelo Centro Cultural Vale Maranhão tem como objetivo destacar a produção cultural das quebradas maranhenses

O festival Kebrada aconteceu de 6 a 21 de dezembro, reunindo 48 artistas em shows, batalhas, oficinas, troca de ideias, graffiti e muita dança. O festival passeia pelos quatro elementos clássicos do movimento Hip Hop (rap, dj, break e graffiti) e abre espaço também para derivações da cultura de rua, especialmente no campo da dança, incluindo passinho e outros estilos.

A programação foi selecionada, dentre 76 propostas recebidas, pelos curadores convidados pelo CCVM, que também participaram da criação do festival em 2018: os rappers MC Alcino e Costelo, a produtora Glauciane Pires e o grafiteiro, skatista, produtor e diretor de vídeo Jonas Pires.

O KEBRADA nasceu com a intenção de fortalecer a cena Hip Hop maranhense, dar espaço aos artistas, apoiar a profissionalização de iniciantes, estimular o conhecimento e a formação, promover a troca de ideias e a interação com artistas de fora, que venham para somar. É o maior evento de cultura Hip Hop do Maranhão. Com essa iniciativa, a Fundação Vale reconhece e valoriza, mais uma vez, a produção artística maranhense e contribui para a criação de novos espaços para partilha de saberes e convivência.

“A produção cultural das periferias, com sua enorme diversidade, certamente é o que de mais potente e instigante ocorre atualmente na cultura brasileira. O Hip Hop, e suas derivações, é especial dentro desse contexto, por ser um movimento agregador e transformador. No Maranhão a cena é forte e precisava de espaço e maior visibilidade para se desenvolver. O KEBRADA foi criado com este propósito e já deu frutos”, destaca Paula Porta, curadora do CCVM.

Ao longo de três semanas, sempre às sextas e sábados, serão sete oficinas, quatro batalhas com premiação (rima, passinho, all style e break), uma mostra de dança com apresentação de sete grupos, duas trocas de ideias com os artistas visitantes, graffiti reunindo seis artistas e três grandes shows nos dias 7, 14 e 21.

O convite a artistas de fora tem o objetivo de promover a troca, eles chegam trazendo referências e saem conhecendo melhor o que se faz no Maranhão. Este ano os artistas escolhidos pelos curadores formam um trio de peso. O DJ Erick Jay (SP) é vencedor dos dois maiores campeonatos do mundo e considerado o melhor DJ da América Latina; o rapper Thiago Elniño (RJ), que se destaca com um som calcado na música e nas referências negras e está lançando seu segundo disco, e o rapper Rincon Sapiência (SP), um dos artistas mais instigantes e requisitados da cena atual. Além de suas apresentações, os convidados irão participar também de troca de ideias com os artistas locais. Erick Jay também irá ministrar uma oficina especialíssima na segunda semana do festival.

- A música preta no Brasil é a que mais tem fomentado conteúdo. O rap, o samba, o pagode, o funk, as outras linguagens de música preta, como o bregafunk, seguem em atividade em sua totalidade. Por isso, nada mais justo o corpo preto e a música preta estarem nos palcos dos festivais Brasil afora. Isso tem acontecido e penso que poderia acontecer com um volume ainda maior - comenta Rincon Sapiência, que participou do festival pela primeira vez.

Os curadores do evento destacam a importância do Festival, tanto para o cenário local quanto em nível nacional.

- Para mim é muito gratificante participar desta curadoria do Festival Kebrada que, com certeza, não é só o mais importante do estado, como atualmente é um dos festivais mais importantes do Brasil, visto que em outros estados não tem ocorrido tanto festival que envolva toda a cultura Hip Hop. O Kebrada chegou em um momento que a gente precisava para fortalecer a cultura Hip Hop, não só aqui, como no Brasil. Mostrar o verdadeiro sentido, a conscientização, a troca de ideias, a forma de expressão - avalia Jonas Pires.

Um dos pioneiros da cultura Hip Hop no Maranhão, MC Alcino, convida todos para mais uma edição do festival.

- Eu costumo falar que o Festival Kebrada vai entrar para história local e nacional. Me sinto honrado em poder ajudar na construção deste evento. Quero convidar todo mundo, que vai ser lindão - sugere.

MC Costelo acrescenta o papel de valorização dos artistas maranhenses que o Festival exerce.

- A novidade deste ano é que abrimos para os artistas se inscreverem e tivemos material de muito boa qualidade. Vamos ter muita gente nova, gente do interior, de Rosário, de Chapadinha. Estamos trazendo estes artistas englobando o cenário local como um todo. É uma vitrine para esta nova geração, para toda a cultura Hip Hop, que se fortalece a cada evento, que tem como público alvo a periferia - esclarece.

Morador da cidade de Chapadinha, o rapper piauiense MC Carlim, já tinha ouvido falar do Festival nas redes socais e foi incentivado a se inscrever pelos amigos. “Eu pesquisei um pouco e vi que é um evento altamente organizado, profissional e responsável. Assim minhas expectativas são as melhores, tô ansioso. Eu me sinto lisonjeado em participar!”, considera. Para os jovens integrantes do CFN, essa é uma chance de compartilhar o que pensam por meio de sua arte.

- A nossa participação é importante para mostrar que o jovem de periferia está apto a se expressar e falar daquilo que ele vê e vive - resume.

A cantora e rapper, Enme Paixão, que acaba de vencer um concurso de artistas revelação em São Paulo, onde divulgou o KEBRADA, irá ministrar uma oficina sobre produção independente e seus desafios e se apresentará na Mostra Dança Aqui, que irá acontecer durante o Festival. Ela destaca o incentivo que o evento dá à cultura Hip Hop.

- O Kebrada vem justamente fomentar a arte, os artistas de periferia. O CCVM tem sempre apoiado o desenvolvimento dos nossos projetos. Na oficina quero passar um pouco da minha experiência, para que também outros artistas periféricos, LGBTQ´s, que estão na cena, consigam se estruturar e ter os mesmos acessos que estamos tendo. É exatamente esta porta que o Kebrada está abrindo: a gente produzir e ajudar pessoas a produzirem - considera..

Todas as atividades do festival foram gratuitas.

DJ Erick Jay fez a negadinha dançar no Festival Kebrada. Foto: Clarissa Vieira/CCVM
DJ Erick Jay fez a negadinha dançar no Festival Kebrada. Foto: Clarissa Vieira/CCVM

A inscrição para as oficinas já está aberta e pode ser feita por email (contato@ccv-ma.org.br) ou por telefone (3232 6363).

PROGRAMAÇÃO DO KEBRADA

6/12 sexta

14h às 18h OFICINA DE PRODUÇÃO MUSICAL, com JHONNY SÃO
DJ WEX
19h BATALHA DE PASSINHO, organização Glauciane Pires
20h BATALHA DE RIMA (SELETIVA 1), organização MC Alcino e Cadete

7/12 sábado

14h às 18h OFICINA DE PRODUÇÃO MUSICAL, com JHONNY SÃO
14h às 18h OFICINA DE GRAFFITI, com EDI BRUZACA
18h MOSTRA DANÇA AQUI: KRUMP SLZ + JUÇARA SQUAD + REVOLUÇÃO DAS RUAS
+ PLANO B CREW + LION HEARTED FAM + CRUSHES + OS MENOR DO FUNK
19h30 SHOW : DJ ASTRO +QG NORDESTINO + CARLIM CLH +OVNI + BANCA CDL+ MC ALCINO

13/12 sexta

14h às 18h OFICINA DE DJ, com ERICK JAY
14h às 18h OFICINA COMO MONTAR O ÁUDIO DE UM PEQUENO SHOW, com GRUPO ZONA
DJ NANNY RIBEIRO
19h BATALHA DE DANÇA ALL STYLE, organização André Dumará
20h BATALHA DE RIMA (SELETIVA 2), organização MC Alcino e Cadete

14/12 sábado

14h às 18h OFICINA DE DJ, com ERICK JAY
14h às 18h OFICINA COMO MONTAR O ÁUDIO DE UM PEQUENO SHOW, com GRUPO ZONA
17h30 TROCA DE IDEIA, com THIAGO ELNIÑO e ERICK JAY
19h SHOW: DJ JOHNNY JAY + CFN + BIG BOY + CONTRABANDO LÍRICO
20h30 SHOW: ERICK JAY
21h SHOW: THIAGO ELNIÑO

20/12 sexta

14h às 18h OFICINA PRIDE: PRODUÇÃO INDEPENDENTE E DESAFIOS ENFRENTADOS, com ENME PAIXÃO
14h às 18h OFICINA DE BBOY, com PYTUYBA
14h GRAFFITI (criação do painel): BNK + CAJU + EDUARDO INKE + NEGONICA +
NSW NASCIMENTO + RICARDO KDIN
DJ CAIO OIK
19h BATALHA DE BBOY, organização Elias de Castro
20h BATALHA DE RIMA (FINAL), organização MC Alcino e Cadete

21/12 sábado

14h às 18h OFICINA PRIDE: PRODUÇÃO INDEPENDENTE E DESAFIOS ENFRENTADOS, com ENME PAIXÃO
14h às 18h OFICINA DE BBOY, com Elias de Castro
14h GRAFFITI (criação do painel): BNK + CAJU + EDUARDO INKE + NEGONICA +
NSW NASCIMENTO + RICARDO KDIN
17h30 TROCA DE IDEIA com RINCON SAPIÊNCIA
19h30 SHOW: DJ JUAREZ + RAFIZA + CONDE
21h SHOW: RINCON SAPIÊNCIA

Performance de bailarinos no Festival Kebrada. Foto: Clarissa/CCVM
Performance de bailarinos no Festival Kebrada. Foto: Clarissa/CCVM

SHOWS

ERICK JAY concorreu com DJ´s do mundo inteiro e venceu o DMC World, maior e mais prestigiado campeonato de DJ´s do planeta e o Ida World Battle, em 2016, tornando-se o primeiro DJ da América Latina a conquistar um título internacional. Este ano ganhou o DMC ON LINE. Por três anos consecutivos (2006 a 2008) foi considerado o melhor DJ da América Latina. Tem 14 títulos em campeonatos nacionais. Em 2012, foi indicado ao prêmio Global Spin Awards (Estados Unidos), espécie de Grammy para DJ´s, na categoria South America. Já realizou turnê na França, Alemanha, República Tcheca e Inglaterra. Trabalhou com os grupos de Rap Pregador Luo, Dexter e Xis. Atualmente é DJ do rapper Kamau e do Black Alien. Desde 2008, é DJ do programa Manos e Minas, da TV Cultura. É um DJ performático, que alia rapidez, criatividade e domínio da pista. Seu som tem influências de Marvin Gaye, Tim Maia, James Brown e Michael Jackson.

RINCON SAPIÊNCIA é MC, produtor, empresário e artista de destaque da música brasileira. Em 2017, seu álbum de estreia, Galanga Livre, conquistou dois troféus no Prêmio Multishow e o título de Revelação do Ano, também foi escolhido Artista do Ano pela APCA. Sua versatilidade artística proporcionou parcerias com Sidney Magal, Alice Caymmi, Rubel, Drik Barbosa e IZA. Em 2018, criou o seu próprio selo independente, o MGoma, pelo qual lançou no mês passado seu segundo álbum, Mundo Manicongo: Dramas, Danças e Afroreps, produzido e dirigido por ele. As faixas, que trazem instrumentais dançantes e divertidos, contam com participações de Mano Brown, Lellê, Rael, Gaab, Duquesa, ÀTTØØXXÁ e coletivo Audácia.

O rapper carioca Thiago Elniño celebrou com seu rap cheio de influências no Festival Kebrada. Foto: Clarissa/CCVM
O rapper carioca Thiago Elniño celebrou com seu rap cheio de influências no Festival Kebrada. Foto: Clarissa/CCVM

THIAGO ELNIÑO MC e educador popular, seu som é marcado pelo boombap, pelas influências jamaicanas, pelas sonoridades dos terreiros e da música popular brasileira, como a guitarrada; além do afrobeat e de ritmos latinos. Sua narrativa é forte e energética. Iniciou na música aos 15 anos e tem como inspirações Luís Melodia, Marku Ribas, Itamar Assumpção, Jorge Ben Jor, Fela Kuti e o boxeador Muhammed Ali. Em 17 anos de carreira, lançou os EPs Cavalo de Briga (2012) e Filhos de Um Deus que Dança (2016). Em 2017, lançou seu primeiro disco, A Rotina do Pombo (2017). Seus videoclipes Amigo Branco (2013), Diáspora (2016) e Pedagoginga (2017) reforçam o que acredita ser o forte do seu trabalho: propor pautas! A luta do povo negro por justiça social, a ancestralidade e espiritualidade africanas são as principais temáticas do seu trabalho.

BANCA CDL é um grupo de Rap de Paço do Lumiar, integrado por Ivi 03, Netu, Rafa e Luís Philipe, que também realiza ações como Amigos da Leste e Roda Cultural Cangaço Rap.

CFN UNIVERSAL Corporação Flow Nordeste foi criada no início de 2019 e reúne jovens artistas do cenário maranhense de Hip Hop: Hades Mc, Ezeek Mc, Yorih, Tocha, Ivi03, Cadete e o seu fundador e produtor, Luís Philipe. Realiza os projetos Nordeste Pro Mundo e Nos Ares da Leste. Suas músicas falam sobre a juventude e acumulam nas plataformas digitais milhões de acesso.

BIG BOY começou a compor Rap aos 17 anos. Ao longo da carreira, excursionou por cidades do nordeste de outras regiões do Brasil. Suas músicas retratam a realidade e a resistência da periferia, o movimento negro, as questões indígenas, LGBTQ´s, entre outros temas. Como forma de resistência, criou a Infantaria Revolucionária.

CARLIM CLH rapper, natural de Teresina, mora em Chapadinha. Começou a gravar aos 15 anos e logo lançou trabalhos independentes na web. Foi integrante e do grupo C.L.H MC’s (Consciência Limpa do Homem). Lançou dois álbuns: Não Importa Quem é Contra (2013) e Um Pouco de Mim (2016), produzidos pelo Quilombo Louco Beats, além de diversos singles.

CONDE é cantor, compositor e produtor musical. Um dos fundadores do Catch a Fire Rap. Seus sons autorais no YouTube ultrapassam 20 mil views. Com batidas frenéticas, suas letras afiadas falam sobre exclusões sociais, racismo, crises existenciais, amor e ódio. O jovem artista dividiu o palco com nomes do cenário nacional, como Racionais MC´s e Marechal.

CONTRABANDO LÍRICO criado em 2018, o grupo tem o objetivo de, por meio do Rap, representar a arte e a rua, de forma crítica, com poesia e melodias rítmicas. Formando por Amanda Layna, Bolchevik, Boyka MC e Ítalo Slim, aborda em suas letras repletas de lirismo questões do Brasil, da sociedade e do indivíduo.

MC ALCINO está inserido na cultura Hip Hop desde 1991, lançou 5 cds e 5 dvds solo. Participou da série TEDx, foi apresentador de programa de rádio e é produtor de batalhas de rima e eventos de rap. Vai apresentar seu novo repertório, que inclui trap e terá a participação de Sarah Abreu, vencedora do Festival de Música Ilha do amor.

MC RAFIZA é rapper e compositora, conheceu o rap aos 16 anos, após ouvir Racionais MC, MV Bill, Camila Cdd e se inspirar para compor suas próprias músicas. Cantou em festivais como o Zumbi e Dandara e no Kebrada. Tocou com Nêga Glícia, MC Alcino, entre outros. Em 2019, completou seis anos de carreira e lançou a música Não Pare na Ladeira. Está produzindo seu primeiro EP e videoclipe.

OVNI produtor, cantor e compositor. Suas principais influências são o Hip Hop, R&B e Lofi. Ficou conhecido por seu single, Areia Movediça, que repercutiu na web, produzido pela Mob Sanatório, em parceria com o DJ e produtor Caio Beats. Este ano lançou Robô Avesso e em breve sairá seu primeiro EP, com 5 faixas inspiradas em suas vivências.

QG NORDESTINO o grupo surgiu nas periferias de Rosário, formado por Mano Moreles, Maxwell e GT. Fez apresentações em grandes festivais de Hip Hop no Maranhão e no Piauí. Seu primeiro EP Ei Fascistas, Estamos na Pista, com seis faixas, fala da realidade dos jovens das periferias.

DJ´S

DJ ASTRO atua há trinta anos na cena e é referência musical no Hip Hop. Apresentou o programa Território Hip Hop, na Cultura FM e Black Beat, na Ilha do Amor FM. Produz eventos de Hip Hop e realiza oficinas de DJ. Apresenta um set com muito rap, atualidades e clássicos anos 90.

DJ CAIO OIK é produtor e Dj. Faz parte do coletivo/produtora NaveMaeROOM. Já produziu artistas da cena local e nacional, como Dugueto shabazz (Z’africa Brasil).

DJ JUAREZ DJ conceituado da cultura Hip Hop, foi integrante dos grupos de dança Break Machine e Break Funk Street. Em 1989, despertou seu interesse pelas mixagens, iniciando os seus primeiros Scratches. Participou dos grupos de rap Discípulos X, Navalhas Negras, Clã Nordestino e Plano Somma. Participa de campeonatos de Scratch On line de DJ´s e faz parte da equipe de turtablism, Risco Loko. Sua musicalidade passa pelas variadas sonoridades da Cultura HipHop.

DJ NANNY RIBEIRO faz da música também um instrumento de luta e lugar de fala para minorias sociais. Seu set celebra a felicidade e alegria de ser diferente.

DJ WEX é formado pela DJ School. Seu repertório é influenciado pela música negra e pela bass music. No set: funk brasileiro, rap, trap, black music e música eletrônica e brasileira remixadas.

DJ JOHNNY JAY é diretor da Cia. Crushes Hip Hop e atua como DJ. Fez curso de DJ pela Vox Home Studio e há sete anos faz discotecagem de eventos e batalhas. Foi DJ da Semana Maranhense de Dança (2017 e 2018), da Batalha Negro Cosme e das Mostras Sesc Guajajaras de Hip Hop (2017) e Sesc de Hip Hop (2018). No Set: Hip Hop Underground e House Dance.

ORGANIZADORES DAS BATALHAS

MC ANDRÉ DUMARÁ dançarino desde 1988, atua nas quatro linguagens do Hip Hop. Foi integrante do Quilombo Urbano até o ano 2000, participa de rodas de dança na Deodoro e organiza oficinas. Atualmente promove batalhas e ações de formação nas escolas.

MC CADETE conheceu o Hip Hop aos 12 anos. No final de 2016, começou a participar de batalhas nas ruas de São Luís. Possui rimas inteligentes e impactantes. Em 2018, foi finalista da Batalha de Rima do Festival Kebrada e da 5ª Mostra Sesc de Hip Hop 2018. Foi representante do Maranhão e finalista da Liga Nordestina de MC´s que ocorreu no Piauí este ano.

MC PRETO FIEL é fundador do grupo de rap $trutura de Rua e por dois anos organizou o projeto Arena de MC’s. Além de MC, é cantor e compositor. Faz parte da CUFA (Central Única das Favelas ) e apresenta vários projetos da cultura Hip Hop.

ELIAS DE CASTRO é diretor e dançarino do grupo de dança de rua Tribo Style Crew e produtor de um dos maiores eventos de dança de rua de são Luís, a Batalha das Tribos, que reúne dançarinos de todo Brasil. Representou o Maranhão e foi premiado em eventos nacionais, como Duelo de Titãs (SP], Battle in the Cypher (RS), Batalha Jungle kings (PA), Festival cearense de Hip Hop (CE).

GRAFFITI

BNK é de origem indígena e começou a pintar em 2015. Seu traço puxa para o realismo. Participou de eventos de grafitti, como o Riscos & Rabiscos, Tinta na Veia, Cores da Vila, entre outros. Vem realizando trabalhos pelas ruas de São Luís, buscando mostrar a importância da infância pra cada cidadão, remetendo a traços indígenas e registrando um pouco da cultura de seu povo Tremembé.

CAJÚ é ilustrador, proprietário do Cajú estúdio e iniciou no graffiti em 2013. Faz parte do Coletivo Irmãos de Rua Crew. Seu trabalho traz elementos da natureza. Participou de eventos de arte de rua , como o Da Ponte pra Cá, Riscos & Rabiscos, Favelart, Tinta na veia, Cores da vila.

NSW NASCIMENTO começou sua história no grafitti em 2004. É integrante de um dos principais grupos de grafitti, de São Luís, o Coletivo Efeito Colateral (EF.CO Crew). Junto com outros artistas, ajudou a mudar o cenário da arte urbana na cidade, colorindo e dando vida aos muros. Fascinado pelo estilo 3D, utiliza em sua arte curvas e retas geométricas.

RICARDO KADIN é grafiteiro desde 2008, desenvolve o estilo wildstyle, membro do coletivo IRC (Irmãos de Rua Crew). Instrutor de graffiti, já partipou de vários eventos pela cidade como o Sesc Guajajara de Artes, Riscos e Rabiscos, Tinta na Veia, Beco do Abraão e Da Ponte pra Cá.

OFICINAS

EDI BRUZACA é grafiteiro, fotógrafo e arte-educador, formado em artes visuais pela UFMA. Iniciou seu trabalho no grafite há 10 anos, organiza o encontro Riscos e Rabiscos, participou de vários eventos nacionais, realizou exposições individuais e participou de coletivas, ministra oficinas e palestras sobre grafite e Hip Hop, tem trabalhos em murais de São Luís e cidades maranhenses.

ENME PAIXÃO é cantora e rapper. Lançou videoclipes que foram premiados e tiveram destaque em redes de TV como Multishow e Canal Bis. Vem se destacando no cenário nacional do rap. Este ano se apresentou no Festival Som das Ruas, na Arena Corinthians, e recebeu o prêmio de cantora revelação.

JHONNY SÃO é rapper e produtor musical, ingressou no hip hop hop em 1994, por meio do break. No início dos anos 2000, se apresentou em eventos e abriu shows de bandas como Racionais MC e M.V. Bill. Foi integrante do grupo Clã Nordestino. Tem dois CD´s em carreira solo. Em 2012, abriu o Quarto Mágico Records, estúdio especializado em produção e gravação fonográfica de rap.

MILTON BRAZ (GRUPO ZONA) músico, toca nas bandas Eclipse Oculto e Forte Apache. Foi sonoplasta e técnico de som nos Teatros Alcione Nazaré e Arthur Azevedo, de 2013 a 2015. Estudou áudio e produção musical na Audiobrazil (SP). Participou como profissional de som da X Semana de Teatro no Maranhão, Aldeia SESC GUAJARARAS de Artes (7ª edição), Conexão Dança (8ª, 9ª e 10ª edição), entre outros eventos.

B-Boy faz a festa com improviso e chinfra em mostra de dança. Foto: Clarissa Vieira/CCVM
B-Boy faz a festa com improviso e chinfra em mostra de dança. Foto: Clarissa Vieira/CCVM

Serviço
O quê: Festival KEBRADA
Quando: 6 a 21 de dezembro 2019
Onde: Centro Cultural Vale Maranhão, Avenida Henrique Leal, 149, Praia Grande – Centro. Tel. 98 3232 63 63. Programação gratuita.

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