Nesta sexta-feira

Boi de Santa Fé e o grupo Afrôs cantando Elza Soares são atrações do Beco Cultural

O evento começa às 18h com apresentação do Boi de Santa Fé, na Praça Nauro Machado, na Praia Grande. Na sequência tem show com o grupo Afrôs revisitando a obra da Mulher do Fim do Mundo, a partir das 22h.

Pedro Sobrinho/Jornalista

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56
Fernanda Preta e Hugo César, do grupo Afrôs, no Plugado, na Mirante FM. Foto: Divulgação
Fernanda Preta e Hugo César, do grupo Afrôs, no Plugado, na Mirante FM. Foto: Divulgação (Afros)

Com mais de três décadas de presença na história do folclore do Maranhão, o boi de Santa Fé do mestre Zé Olhinho, será uma das atrações do projeto Beco Cultural que encerra esta edição nesta sexta-feira (11/2), a partir das 18h, na praça Nauro Machado, na Praia Grande.

No encerramento da programação, a banda Afrôs faz show em homenagem a cantora Elza Soares (1930-2022), voz icônica na Música Popular brasileira. Em entrevista ao PLUGADO, na MIRANTE FM, Fernanda Preta, juntamente com Hugo César, falou da importância da importância de interpretar a obra de Elza Soares em show inédito.

- É um desafio e um privilégio em interpretar Elza Soares, esta cantora de voz única. O grupo Afrôs aceitou o desafio e as canções consagradas na voz dela receberão um tratamento especial. Faremos releituras das músicas de Elza Soares intercaladas com as nossas autorais - explica Fernanda.

A expectativa é de um grande público no show na praça Nauro Machado. Indagado sobre essa possibilidade de aglomeração, Hugo fez um apelo para que as pessoas sejam obedientes aos protolocos sanitários. "Mesmo em espaço público usem suas máscaras e se tiverem com sintomas gripais a boa é ficar em casa", recomenda Fernanda.

Banda Afrôs

A banda Afrôs completa em dezembro 15 anos de estrada. No show do Beco Cultural, a Afrôs presta loas a Elza Soares, destacando algumas canções do repertório da cantora negra que se tornou um símbolo de resistência das mulheres no país.

Com presença de mulheres na linha de frente, a banda apresenta um repertório com sonoridade que remonta a cultura afrodiaspórica e ameríndia. Tudo isso embalado em riffs de guitarra, grooves de baixo com forte presença cênica no palco.
Na paleta de ritmos o trabalho autoral da banda está lastreado no bumba-meu-boi, passando pelo maculelê, cacuripa, tambor de crioula, mina, coco, salsa, afoxé e tantos outros da diversidade brasileira, com destaque para a tradição local.

Nessa trajetória a banda acumula conquistas importantes como o prêmio Rário Universidade FM pelo EP Afrôs, em 2015, e presença em eventos de peso como os festivais BR-135, Elas, Lençóis Jazz e Blues Festival entre tantos outros.

Santa Fé

O bumba-meu-boi de Santa Fé é considerado um dos mais autêntico grupo de bumba-meu-boi do universo folclórico maranhense. Fundador, amo e principal incentivador do grupo é José de Jesus Figueiredo, popularmente conhecido como Zé Olhinho.

O grupo se destaca pela presença dos cazumbas, personagem do auto do bumba-meu-boi que mistura religiosidade, magia e entendimento mundano. Com suas fantasias ostensivas, o grupo encanta o público em suas apresentações.

O Santa Fé conta hoje com 40 integrantes no cordão e mais 20 índios,35 índias, 35 cazumbas, 20 batuqueiros e mais duas dezenas de pessoas que fazem parte do grupo de apoio. O repertório do grupo está gravado em nove Cds e três DVDs.

Beco Cultural

O Beco Cultural, idealizado pela produtora Ópera Night, é patrocinado pelo grupo Mateus, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, iniciou esta edição em novembro do ano passado. A realização do projeto é do Instituto Pé no Chão. Desde então vem realizando mensamente programação, misturando no mesmo espaço diversas atrações representativas do mosaico cultural maranhense.

O projeto tem a proposta de estender uma ponte entre o tradicional e os novos talentos da cultura do Estado. Desde sua primeira edição, no início do século XXI, a proposta foi projetada na escolha da programação.

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