Lembranças, Lenços e Lances de Agora

Celso Borges relata em livro a potência do disco Lances de Agora de Chico Maranhão

O poeta maranhense aproveita o ano em que Chico Maranhão celebra 80 anos para lançar o livro Lembranças, Lenços e Lances de Agora. O disco foi gravado, na Igreja do Desterro, em 1978, pela Discus Marcus Pereira.

Pedro Sobrinho/Jornalista

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56

Em agosto de 2022, O cantor e compositor CHICO MARANHÃO completa 80 anos de existência. E nada melhor que festejar o artista em vida expondo para os ouvintes do PLUGADO, na MIRANTE FM, a importância que CHICO tem para a música produzida no Maranhão, quiçá, brasileira. E como 'start' do festejo o livro lançado pelo escritor e poeta maranhense, CELSO BORGES, intitulado 'LEMBRANÇAS, LENÇOS E LANCES DE AGORA.

Lembranças, Lenços e Lances de Agora. Foto: Divulgação
Lembranças, Lenços e Lances de Agora. Foto: Divulgação

Ao participar do TROCA DE IDEIA, na última quinta-feira (20/1), CELSO BORGES comentou sobre o livro e a antológica obra-prima de CHICO MARANHÃO, gravado pela DISCOS MARCUS PEREIRA, na IGREJA DO DESTERRO, entre 22 e 25 de junho de 1978.

- Chico fazia parte da minha vida, desde quando ouvi pela primeira vez, anos de 1960, na voz de meus irmãos Antonio José, Fátima, Goretti e Amélia, Boizinho Brejeiro, auto do bumba meu boi criado por sua mãe Dona Camélia. Aproveito no livro para falar sobre a cidade daqueles dias, suas ruas, becos e praias que embalaram as canções de Chico, além de personagens que estavam próximo dele na década de 1970. Falar da história fascinante de um artista de uma personalidade diferenciada o que faz importante para música brasileira que merecesse um reconhecimento mais vivo, mais claro, por parte dos críticos. Embora no momento que tenha surgido nos 60 houve este reconhecimento, mas de volta a província isso o escondeu. Tem muita história passando por debaixo dessa ponte de memória, poesia, música e conto neste livro Lembranças, Lenços de Agora - comenta.

Celso fala da importância dos discos Lances de Agora, de Chico Maranhão, e Bandeira de Aço, de Papete, do publicitário e empresário Marcus Pereira como um divisor de águas.

- Por diversas razões os dois discos trilharam caminhos diferentes nos anos seguintes. Enquanto Lances de Agora se tornaria uma relíquia de colecionadores e, principalmente, um disco dos admiradores de Chico Maranhão, Bandeira de Aço se transformaria, a partir de meados dos anos 1980, num fenômeno local e hoje é uma referência obrigatória, uma espécie de disco pai do que se denominou chamar MPM - assegura.

Na poesia BLOWIN´ THE WIND NA PONTA D´AREIA, o poeta Celso Borges aproxima a musicalidade de Chico Maranhão e Bob Dylan. O poeta também destaca o projeto XXI, lançado há exatamente 21 anos, no Museu Histórico e Artístico de São Luís. Nele, o poema/colagem de MENINO, uma das faixas do disco que Celso traduz no livro em seus versos de forma lírica e pessoal, o homem, a obra e o artista CHICO MARANHÃO.

Sobre o lançamento do 'LEMBRANÇAS, LENÇOS E LANCES DE AGORA, Celso disse que o livro merece vários lançamentos este ano, em que Chico Maranhão, celebra 80 anos. O trabalho está à venda nas livrarias da ilha e com o próprio Celso Borges.

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