Elza Soaraes

A Mulher do Fim do Mundo tornou-se imortal e estive com ela no Carnaval em São Luís

O Carnaval se foi e na minha mente a Segunda-Feira Gorda de Carnaval, no BLOCO BOTA PRA MOER, idealizado pelos Criolinas, Alê Muniz e Luciana Simões, e Elza Soares, que partiu para o andar de cima, presente.

Pedro Sobrinho/Jornalista

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56
Elza Soares: a voz brasileira do milênio, A voz que nunnca vai calar. Foto: Layla Razzo
Elza Soares: a voz brasileira do milênio, A voz que nunnca vai calar. Foto: Layla Razzo (Elza Soares)

Carnaval é pura diversão, mas “é também a festa da “contestação e subversão”. Por isso, o Carnaval não é apenas a arte da libertação. Também é a do incômodo”.

O Carnaval se foi e na minha mente a Segunda-Feira Gorda de Carnaval, no BLOCO BOTA PRA MOER, idealizado pelos Criolinas, Alê Muniz e Luciana Simões, que me convidaram como o DJ de estreia da brincadeira cheia de maranhensidade, ao mesmo tempo de mundanidade. Uma farra histórica, com direito a manifesto contra o assédio, a presença dos ilustres maranhenses dos Fuzileiros da Fuzarca, Rosa Reis, Tião Carvalho, além da “lady” carioca, Elza Soares, que conheceu o “PLANETA FOME”, mas subverteu a ordem com a sua voz estonteante, a musicalidade cheia de texturas e sem prazo de validade. Opa ! uma noite de gente negra com negra melodia.

Emocionante

A minha primeira emoção veio quando a vi no “backstage” dentro de um carro a espera de subir no trio. Mesmo em uma cadeira de rodas e com o auxílio de um objeto que parecia um guincho, uma escada. A única coisa que sei é que que a artista que conviveu com o preconceito, a pobreza extrema, foi apedrejada, mas não sucumbiu, chegou lá, no topo. E com um show econômico, em um trio parado, a Mulher do Fim do Mundo foi ovacionada pela onda humana que acompanhava o bloco, desde a concentração na praça Maria Aragão até à dispersão na Praça dos Catraeiros, na Praia Grande.

É simples definir a participação singular de ELZA SOARES no Carnaval de São Luís: “a carne mais barata não é a carne negra” é “a voz brasileira do milênio”. A Mulher do Fim do Mundo. A voz nunca que vai se calar”.

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