BregaReggae ou ReggaeBrega

AQNO lança "Desaglomerô" e videoclipe é gravado no Centro Histórico de São Luís

Com produção musical do ludovicense Sandoval Filho, e visual de Sunday James, "Desaglomerô" traz elementos do tradicional brega paraense e do reggae de bandas maranhenses como a Reprise.

Pedro Sobrinho/Jornalista

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56
Aqno lança Desaglomerô com videoclipe gravado em São Luís. Foto: Divulgação
Aqno lança Desaglomerô com videoclipe gravado em São Luís. Foto: Divulgação (Aqno)

Após 10 anos se apresentando em casas noturnas e eventos de Marabá e da região sudeste do Pará, AQNO apresenta ao público seu primeiro trabalho autoral, “Desaglomerô”. Aos 33 anos, AQNO se define como um homem “cheio de amores”. Mas, com os sentimentos aflorados pela pandemia da covid-19, isolado na casa de familiares no interior do Pará, foi uma paixão específica quem inspirou a letra.

Produzido em São Luís, o videoclipe, gravado no centro de histórico da capital maranhense, está disponível no Youtube e a música nas nas demais plataformas de música. Numa troca de ideia com o jornalista Pedro Sobrinho, no último domingo (3/10), no PLUGADO, na MIRANTE FM, o músico maranhense, natural de Imperatriz e residente em Marabá, no Pará, destaca a conexão entre os dois estados na musicalidade dele. Com produção musical do ludovicense Sandoval Filho, e visual de Sunday James, “Desaglomerô” traz elementos do tradicional brega paraense e do reggae de bandas maranhenses como a Reprise.

- São Luís me inspira. Eu moro em Marabá, essa cidade no sudeste do Pará, uma cidade completamente atravessada por essa conexão entre Pará e Maranhão. Eu costumo dizer que moro no Paranhão, uma mistura entre o Pará e o Maranhão. Até brincava em São Luís quando você vai à feira em Belém você encontra a barraquinha de jambu, mas não encontra a da vinagreira. Na feira em São Luís você encontra a barraquinha da vinagreira, mas não encontra a do jambu. Agora, você vai à feira em Marabá você encotra a feira do jambu e da vinagreira lado a lado. Marabá é um lugar atravessado pelo Maranhão, especialmente por São Luís, e acontece de forma histórica e econômica - explica. - Essa mistura é muito evidente aqui na região. Não foi surpresa esse trabalho acontecer de forma tão natural no Maranhão. Estava fazendo uma busca pela produção do álbum e resolvi conversar com Sandoval Filho, produtor do meu disco. E a conversa se deu a partir da produção musical e desembocou na produção visual e na produção do disco inteiro. O projeto é todo feito em São Luís. Quando eu procurei o Sandoval trouxe o piloto de Desaglomerô, a princípio era de apenas um reggae. Ele me traz uma proposta de vamos fazer uma mistura, já que estamos neste intercâmbio em trazer o brega paraense com o reggae maranhense. Achei genial e foi o que ficou. Pra mim, essa constatação de que precisava ser feito em São Luís foi também muito no processo. Em São Luís eu enxerguei de forma mais gritante, mais expressiva, essa conexão que existe entre Marabá, Maranhão e São Luís. Enxerguei Marabá, o Pará dentro de São Luís. Pude parar pra pensar como vejo São Luís dentro de Marabá, várias coisas me emocionaram muito nesse processo de produção. Quando você passa na rua em São Luís, de repente, ouve um brega de Vanderlei Andrade tocando em alguma casa, é expressivo pra mim, muito significativo no sentido de enxergar que esse intercâmbio é, realmente, muito forte, uma conexão expressiva e presente no meu trabalho desde sempre - reconhece.

Conceitual

AQNO define a sonoridade deste projeto como “Pop-Amazônica-Psicodélica”, estilo que reúne a diversidade de manifestações culturais e musicais de sua região.

Além da produção musical, Sandoval Filho assumiu guitarra, bateria, contrabaixo, teclado e programações do trabalho, que também tem participações dos músicos Derkian Monteiro, Sarah Byancci e Thalysson Nicolas nos metais, com gravações no BlackRoom Studio (São Luís/MA). O single e videoclipe “Desaglomerô” integram o álbum de estreia de AQNO, “O Retorno de Saturno”.

Os projetos foram viabilizados por meio da Lei Aldir Blanc, da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult/PA).

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