O Brasil por alguns instantes deixou de ser o "país do futebol" para tornar-se o "país do skate", tendo em vista a estreia da modalidade de quatro rodinhas em uma Olimpíada. E logo de cara duas medalhas de prata. Uma de Kevin Hoefler e a outra da maranhense Rayssa Leal, cujo o "sonho de fada" tornou-se real e a fez brilhar na terra do Sol Nascente, e entrou para a história das Olimpíadas, a atleta brasileira, de apenas 13 anos, a mais precoce a ganhar uma medalha defendendo as cores da bandeira brasileira. Por pertencer a geração TIK-TOK, Rayssa é, hoje, um divisor de águas dentro da modalidade. Essas duas conquistas são de uma representatividade absurda para um esporte, em que muitos não enxergam estilo de vida, uma grande família.
E meio ao apogeu do skate nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, não podemos esquecer da relação "SKATE & MÚSICA". É bom que se diga esporte e arte interagem desde os primórdios como expressão de uma contracultura. Qual a relação entre o skate e a música? Uma simples reflexão nos leva a crer que a causa e a consequência deste relacionamento nunca foram muito bem abordadas, no entanto é inevitável pensar que ambos são elementos quase que indissociáveis.
Entretanto, a história nos mostra que o modo de vida de skatistas, bastante marginalizados pela sua ocupação de espaços urbanos de forma anárquica, os colocou sempre relacionados à música alternativa, buscando uma trilha sonora que sustentasse a contracultura que o skate representa.
Por isso, quando pensamos em música e skate, logo nos vem à cabeça gêneros como Punk, Hardcore e, mais recentemente, Rock Alternativo, Rap e o Reggae. É fácil também pensar o porquê de tais estilos estarem historicamente relacionados ao esporte.
Pela rapidez e o ímpeto do rock´n´roll combinar com o asfalto quente, a sensação de perigo constante e a quebra de barreiras que o skate o proporciona, o Brasil teve um representante ímpar. Trata-se de Chorão, criador da banda CHARLIE BROWN JR. A poesia de CHORÃO reflete o seu amor ao skate, esporte que tinha como predileção. Serve também como trilha sonora, ou seja, pano de fundo para manobras radicais.
Enfim, com este novo momento vejo um cenário que pode ampliar o skate e tornar-se algo além do esporte, estilo de vida e da moda, mas sim também um meio de transporte acessível dentro de cidades que abraçam a cultura de ciclovias e vias de acesso alternativas, mantendo a relação histórica e inseparável com a música.
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