Bom Filho à Casa Torna

Após morar vários anos na França, o pianista, Marcelo Braga, retorna a São Luís

Em entrevista ao Plugado, na Mirante FM, no último domingo (11/7), o músico maranhense fala da felicidade em voltar pra terra natal e da vontade de contribuir com a vida cultural da cidade.

Pedro Sobrinho/Jornalista

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56
Marcelo Braga: pianista maranhense destaca seus projetos culturais em São Luís. Foto: Divulgação
Marcelo Braga: pianista maranhense destaca seus projetos culturais em São Luís. Foto: Divulgação (Marcelo Braga)

O bom filho à casa torna. Trata-se do pianista maranhense, Marcelo Braga. Após uma longa temporada pelo continente europeu, especialmente, em Paris, capital da França, o músico, natural de São Luís, aportou e morou por quase 30 anos para um intercâmbio cultural significativo para a sua história com a música.

Em entrevista na sala virtual do PLUGADO, na MIRANTE FM, no último domingo (14/7), ao jornalista PEDRO SOBRINHO, o pianista falou do seu retorno a São Luís definindo como uma decisão acertada.

- A minha volta para São Luís foi uma decisão difícil, mas que tem se revelado como uma decisão certa. São Luís e uma cidade bonita, uma cultura local muito forte e interessante, dona de um potencial em desenvolvimento enorme em todas as áreas. Estou muito contente estar aqui, poder integrar esta cultura, participar e contribuir, na medida do possível, da vida cultural da cidade, quem sabe do Estado. Está sendo uma boa experiência apesar das grandes dificuldades e das transformações que o mundo atravessa - enfatiza.

Indagado sobre projetos a desenvolver como músico em São Luís, Marcelo Braga destacou os projetos educativos e culturais com duas escolas particulares na capital maranhense.

- Atualmente, estou com projetos educativos e culturais com as escolas Crescimento e Educator. Além de incitar o gosto às artes em geral alargando assim a visão do mundo, o objetivo de tais projetos é de inserir no currículo atividades musicais e teatrais a fim de desenvolver nos participantes as competências de autonomia, autoconfiança, criatividade, empatia, espírito de equipa, liderança, domínio do ambiente, perseverança, organização, senso de iniciativa, senso de responsabilidade e senso de estratégia - explica.

Perfil

Marcelo Braga é diplomado em música (piano) na Universidade de Brasília em 1990. No mesmo ano de sua formatura, recebe uma bolsa de estudos do governo francês para participar de um intercâmbio cultural entre a UnB e o Conservatório Nacional de Boulogne-Billancourt, em Paris.

Em 1995 obtém um Mestrado de Música na Sorbonne. Em seguida obtém o Primeiro Prêmio em Música de Câmera no Conservatório de Bourg-la-Reine e uma Medalha de Ouro em Música de Câmera nos Concurso Unificados da Cidade de Paris. Em 1997 recebe a Medalha de Ouro em Piano no Conservatório de Bourg-la-Reine. Professor de piano nesse mesmo conservatório de 1996 a 2012, ele participou de vários projetos pedagógicos no cenário da Semana Musical, manifestação anual que mobiliza todos os professores e um grande número de alunos do conservatório.

Marcelo Braga fez parte da companhia de teatro musical “Choeur en Scène” durante dez anos, tendo um papel importante como pianista, cantor e ator. Desde que entrou nessa companhia, ele se interessou pela problemática da pluridisciplinariedade e interdependência em todos os projetos que empreendeu.

Apresentou-se também, durante vários anos, em recitais solos ou em música de câmera na França, na Bélgica e no Brasil. Trabalhou durante um ano como cantor do coral do Opéra Bastille.

Entre 2009 e 2017, com o cargo de Diretor do desenvolvimento cultural, Marcelo Braga teve a missão de produzir espetáculos com os estudantes de bacharelado a mestrado das universidades do grupo AGEFA PME em Paris. Essa missão deu origem a importantes representações em teatros de prestígio em Paris e região como Théâtre des Bouffes du Nord, Theâtre des Hauts de Seine, Espace Pierre Cardin et MPAA Saint-Germain. Em paralelo a essa atividade, Marcelo Braga organizou anualmente 10 conferências, 15 programas culturais (visitas a museus, teatros e cinemas) e interviu varias vezes na preparação de exames orais dos estudantes ensinando-lhes a utilização de técnicas teatrais para oratória. Essas atividades beneficiaram a mais de 700 alunos por ano.

Em 2018 realizou concertos beneficentes cuja verba foi doada inteiramente para a escola Eugênio Pereira do Passo do Lumiar. A doação serviu para a compra de instrumentos musicais, partituras, acessórios e o pagamento de algumas oficinas pedagógicas.

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