DJ paulistana, Lys Ventura, define o reggae no Maranhão como um movimento cultural e poético
Ela também destacou a forma do maranhense de dançar agarradinho, dos reggaes melódicos consumidos pelas radiolas e da cultura dos melôs. Lys Ventura destacou o ciclo de palestras on-line, Sons de Diáspora.
A paulistana Lys Ventura - dj especializada em reggae, produtora cultural, considerou o reggae consumido no Maranhão como um "movimento cultural e poético". Em bate-papo virtual, no último domingo (6/12), no Plugado, na Mirante FM, ela destacou a forma de dançar o reggae agarradinho dos maranhenses, dos reggaes melódicos e da cultura dos "melôs", que só os maranhenses conhecem e cultuam. A DJ falou sobre a importância do reggae no trabalho dela como dj e produtora.
- Na minha construção social eu passei a me reconhecer como mulher negra depois que tive contato com a cultura Hip Hop. Foi através do reggae que eu pude evoluir e me reconhecer como indíviduo num território de Diáspora. Então, para o Brasil, a importância que eu considero do reggae, através, do meu trabalho, difundir esta cultura. Também difundir a mensagem de que este gênero é origem negra que fala sobre o combate à uma sistema opressor, sistema capitalista, a um sistema racista, o combate à desigualdade, e, principalmente, sobre a liberdade. Então, fala, sim, sobre a paz, amor, fraternidade. Isto faz parte da nossa sociedade, enquanto buscadores por um mundo melhor. É muito importante salientar os outros aspectos e mensagens, também, que o ritmo reggae nos traz. Conhecer isso. Ter acesso a isso mudou a minha vida completamente. Desejo que mais e mais pessoas tenham a suas vidas mudadas para melhor, em questão de sociedade mesmo, de indivíduo, através do poder de transformação dessa música - ressalta.
Sons de Diáspora
Lys comentou sobre a participação no último dia 3/12, da palestra ao vivo e completamente gratuita sobre a história do Reggae. Ainda compôs o time de potências envolvidas na ação, o DJ e pesquisador musical, Tarcísio Selektah (representando o Maranhão), Dodô da banda Filosofia Reggae e Erick King Poor. A atividade fez parte do “Sons de Diáspora: Histórico Social da Música Negra no Brasil”, um evento que – com programação agendada até o dia 10 de dezembro – surgiu para promover a reflexão, fortalecimento, reafirmação e até mesmo a ressignificação da importância da música preta.
O ciclo de palestras foi voltado à sociólogos, educadores, pesquisadores, músicos, estudantes e todos os interessados em música negra de um modo geral, que tem interesse em resgatar seu valor cultural, social e histórico. O ”Sons de Diáspora: Histórico Social da Música Negra no Brasil” conta com a realização e apoio do edital do Proac (Programa de incentivo à cultura da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo).
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