Caldeirão musical e de ideias

''Pandú é um disco pop com a personalidade do regionalismo maranhense'', afirma Enme

O trabalho conta com seis faixas inéditas, todas produzidas pelos maranhenses DJ OBrunoso, Sandoval Filho, além de Fabregas Music e o angolano Joe Joeezyb. O disco é conceitual, inspirador, divertido e dançante.

Pedro Sobrinho/Jornalista

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56

A DJ e cantora (rapper) Enme Paixão tá de disco novo e se chama Pandú. O EP conta com seis faixas inéditas, todas produzidas pelos maranhenses DJ OBrunoso, Sandoval Filho, além de Fabregas Music e o angolano Joe Joeezyb. Em entrevista ao Plugado, na Mirante FM, Enme comentou sobre o disco definido por ele como um disco conceitual, engajamento político, inspirador, divertido, dançante e cheio de misturas sonoras. Enfim um autêntico Pandú, que para os maranhenses significa comer além do necessário, numa "mistura consistente de água, farinha e peixe seco frito.

o próximo passo de Pandú é o Sup Festival, que vai ocorrer no dia 30 de agosto, na Casa Dunas, em uma noite que vai contar com a presença do rapper mineiro Djonga
o próximo passo de Pandú é o Sup Festival, que vai ocorrer no dia 30 de agosto, na Casa Dunas, em uma noite que vai contar com a presença do rapper mineiro Djonga

- Quando a gente pensou em criar o EP pensamos em tudo aquilo que a gente poderia alimentar o público. Como a gente poderia alimentar o público com ideias, como a gente poderia alimentar o público com inspiração, com as questões sociais, raciais, de gênero. Tudo isso me veio à tona com o que mãe comia na infância. Ela comia muito Pandu para se alimentar. Ela se tornou a primeira mulher negra a ter diploma na família. Isso me impactou demais. Achava que era o momento de buscar essas raízes que a gente tem a trazer para a música - explica.

‘Pandú’ tem, ainda, parceria da cantora Maya Black na música ‘Neguinho’. A capa do EP conta com a produção e desenvolvimento da Cazzu Br em parceria com a gravadora Sotaque. Esse é o primeiro trabalho completo de Enme, com uma linguagem pop misturado com ritmos regionais. Tem samba, cacuriá, trap, rap, Bahia Bass, e por aí vai.

- Quando pensamos no nome desse EP, a gente quis trazer regionalismo. Tudo o que eu quero é criar no cenário nacional essa ideia que a gente carrega um cenário pop, mas a gente carrega essa regionalidade, esse regionalismo musical que tem no Maranhão. É o que falta pra galera sentir o impacto do nicho maranhense dentro do cenário pop - alerta.

Show

O disco foi lançado em maio, na Praça Nauro Machado, na Praia Grande, na festa de encerramento da programação da Semana de Combate a LGBTFobia. Enme também fez show de lançamento em Salvador (BA). E o próximo passo é mostrar o trabalho no Sup Festival, que vai ocorrer no dia 30 de agosto, na Casa Dunas, em uma noite que vai contar com a presença do rapper mineiro Djonga.

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