Feminilidade no Reggae

Emanuele Paz: artista que veio do canto lírico, mas tem a poesia e o "groove" do reggae

Além de vocalista da banda Casarão Verde, a jovem artista, Emanuele Paz tem como influência o metal lírico e a cantora Célia Sampaio, definida por ela como a dama do reggae maranhense.

Pedro Sobrinho/Jornalista

Atualizada em 27/03/2022 às 10h56

A jovem artista maranhense, de 22 anos, Emanuele Paz, se mostra na cena da música produzida no Maranhão com personalidade. Em conversa com o jornalista Pedro Sobrinho, na edição dessa quinta-feira (11/7), na Mirante FM, ela disse que além do repertório autoral, tem como objetivo divulgar o reggae produzido aqui e destacar as mulheres para dentro de sua porção musical. A maior prova disso, é que a cantora Célia Sampaio é uma influenciadora. Emanuele repaginou a canção "AMARELÔ", cantada por Luciana Simões (ex-Mystical Roots), de quem tem como fonte de inspiração.

- Eu gosto de escrever, de compor minhas músicas. Elas falam da minha vivência como mulheres, da minha adolescência. Além do trabalho próprio tenho como objetivo valorizar a produção de reggae local, especialmente o que é feito por mulheres. Por isso, tenho Luciana Simões, de quem tenho a honra de cantar da minha maneira, um clássico da Mystical Roots, banda da qual ela fez parte. Tenho ainda como fonte de inspiração Célia Sampaio. Ela é a nossa dama do reggae. Muito complicado se falar do reggae maranhense e não se falar de Célia Sampaio. Eu gosto das músicas dela, da tonalidade da voz dela, como ela imposta a voz. Ela é fantastica - elogia.

Além de Célia Sampaio, Emanuele diz que veio do canto lírico e que deste território musical também absorveu influências do canto de Simone Simons e Charlotte Wilson.

- Comecei a minha vivência com a música com o metal lírico, ouvindo Simone Simons, Charlotte Wilson. Duas artistas de peso que colaboraram para esta minha trajetória com a música, que não fica fechada apenas no reggae - reconhece.

Mesmo oriunda do canto lírico e com outras influências sonoras na veia, Emanuele Paz diz que foi na vibração e no "groove" do reggae que se encontrou.

- O reggae entrou na minha vida como uma necessidade. Comecei cantando na igreja. Depois aconteceram algumas coisas minha vida, mudei o ciclo de vivências e de amigos. Fui para a banda Casarão Verde, juntamente com Vivi, em que éramos 'backing vocal', da banda que tinha dois vocalistas. Eles resolveram se afastar da banda, eu e Vivi fomos desafiadas a assumir os vocais da Casarão Verde - ressalta.

Ideia solo

Além do trabalho na Casarão Verde, a artista tem trabalho solo com Carlos Al, na guitarra, e Pato B, no baixo. Segundo ela, o trabalho tem colhido bons frutos.

- Com relação ao projeto solo com Carlinhos, na guitarra, e Pato, no baixo, tenho tocado bastante em São Luís. O nosso projeto está fluindo super bem. Tocando toda semana, fazemos muitos trabalhos de rua, tocando nos pontos turísticos da cidade, especialmente, na Praia Grande. Enfim, é um projeto solo com bastante vivência. Estamos em fase de produção do primeiro trabalho autoral, que deve ser lançado até o fim do ano - admite.

Mistura de sons

Emanuele Paz participa na noite desta sexta-feira (12/7), do show de Lucas Ló & banda, no Odeon Sabor e Arte, na Praia Grande. Além dela sobem no palco com o artista cearense Jhoie Araújo e Gil Enes, da Raiz Tribal. A discotecagem fica por conta de Pedro Sobrinho e Kalillah Groove.

- O legal que esta noite será uma vivência de vários artistas em que irei mostrar um pouco do meu trabalho autoral - assegura.

Saiba quem disputa as eleições em São Luís.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.