Com uma trajetória de oito anos, três discos lançados, parcerias com nomes como Zeca Baleiro e uma turnê nacional que já passou por sete estados, o cantor e compositor Vinaa dá um novo passo com álbum “Quando os Guarás Ecoam as Vozes da Floresta”, seu quarto e mais ambicioso álbum de estúdio. Em entrevista ao jornalista Pedro Sobrinho, no quadro Troca de Ideia, no Plugado na Mirante FM, Vinaa afirma que o disco é um manifesto poético e político, sem ser panfletário, mas, sim, pela reconexão com a natureza e com o próprio território. O disco já está disponível nas plataformas de streaming para audição.
Um canto pela floresta e pela memória
Concebido ao longo de dois anos e gravado entre São Luís, São Paulo e Paris, o álbum mergulha na ecologia, na ancestralidade e na imaginação como forma de resistência. Inspirado na ideia da resiliência ecológica, Vinaa constrói uma narrativa dividida em três atos — a floresta em pé, a floresta caída e a floresta renascida.
O álbum ainda conta com participações de Rosa Reis e Iria de Fátima, duas vozes históricas da cultura popular maranhense que abrem caminho para o voo simbólico de um guará imaginário — guia espiritual que atravessa o disco.
A produção reúne nomes como Memel Nogueira, Adnon Soares, Isaias Alves e Rafael Toloi, combinando sons amazônicos, árabes e nordestinos. Tem como convidados: Luizinho Nascimento, Pedro Cunha, Fabio Luchs, Luiz Claudio Farias, Filipe Façanha, Thalysson Viegas e Leandro Maramaldo. O disco traz ainda o jornalista e DJ Pedro Sobrinho no papel de Nego Chico, personagem que conecta a narrativa com sons de rádio. Cada faixa vem acompanhada de pinturas feitas pelo próprio Vinaa, e a capa é assinada por Thiago Guimarães e Caetano.
Canto de Esperança e Cura
Em canções como Pássaro Tibira e Mil Noites, animais se tornam narradores, denunciando em primeira pessoa a devastação ambiental e o distanciamento humano da natureza. Mas, longe de ser um lamento, o disco também é um canto de esperança e cura, evocando o imaginário popular das avós do artista, guardiãs dos saberes das ervas e das rezas.
O álbum ainda conta com participações de Rosa Reis e Iria de Fátima, duas vozes históricas da cultura popular maranhense que abrem caminho para o voo simbólico de um guará imaginário — guia espiritual que atravessa o disco.
Sua música mistura MPB, regionalismo, poesia e espiritualidade, criando uma estética que atravessa o popular e o experimental. As letras, sempre sensíveis e intensas, conversam com temas como memória, identidade, fé e pertencimento, mas também com o que há de mais contemporâneo — o autoconhecimento e a reconstrução de si mesmo.
Seus álbuns anteriores — Bordel de Amianto e a Glória dos Loucos por Sex Appeal (2017), Elementos e Hortelã na Terra dos Eucaliptos (2019) e Fé de Alimária (2021) — mostram a evolução de um artista que não tem medo de se reinventar.
“Quando os Guarás Ecoam as Vozes da Floresta” não é só mais um álbum — é o ponto de maturidade de um artista que entende a música como ato de amor e consciência. Vinaa se destaca como uma das vozes mais singulares da música brasileira contemporânea.
Festival Outros Nativos
Coincidência ou não, o novo disco de Vinaa, "Quando os Guarás Ecoam as Vozes da Floresta" será apresentado no Festival Outros Nativos 2025, neste domingo (16/11), no Teatro Gasômetro, Parque Residência, em Belém (PA), cidade-sede da COP30.
"Imensamente honrado e feliz por ser o artista selecionado pela curadoria do Festival Outros Nativos para Residência Artística durante a COP30 em Belém, capital do Pará. Vamos somar nossa voz, trazer cor e ressoar o som de muitas cenas da Amazônia Legal", destaca Vinaa.
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