Rap

Duquesa no palco do Afropunk Experience em São Luís

Rapper baiana, nascida em Feira de Santana, Duquesa faz show, pela primeira vez na capital maranhense, às 20h, na Arena Dux, no Espaço Reserva.

Pedro Sobrinho / Jornalista

Atualizada em 30/07/2025 às 23h41
Duquesa pela primeira vez em São Luís no Afropunk Experience. Foto: Divulgação
Duquesa pela primeira vez em São Luís no Afropunk Experience. Foto: Divulgação (Divulgação)

Uma das atrações do AFROPUNK EXPERIENCE neste sábado (2/8), na ARENA DUX, no Espaço Reserva, realização da IDW, em parceria com a DUX PRODUÇÕES, é DUQUESA, rapper baiana, que faz show às 20h.

O melhor de Duquesa ainda não chegou: a cantora sabe que será maior. Diz que está plantando agora para colher depois. Aos 22 anos, tem paciência com o tempo de cada processo. Na melancolia, encontra ideias para escrever e, ao expor situações que já viveu, conquista a identificação do público. Gosta de mensagens na lata, escrachadas. Muito da sua inspiração vem de músicas antigas. Já cantou com artistas que é fã e quer estender a mão para novas vozes, assim como fizeram por ela.

Dona de faixas que vão do R&B ao Trap, como “Diz”, “Para pra pensar” e “Versase”, a rapper começou sua carreira aos 15. Nascida e criada em Feira de Santana, na Bahia, hoje é uma das artistas da Boogie Naipe, produtora do Racionais Mc’s e Mano Brown (solo).

A baiana lançou seu primeiro EP em julho deste ano. Intitulado “Sinto muito”, o nome carrega dois aspectos: a intensidade de sentimentos e o lamento. “Que pena, não posso ser diferente, eu sou isso aqui e sinto muito”, explica a cantora. As cinco faixas lançadas de trás pra frente e contam sobre fases de diferentes relacionamentos amorosos.

“Começa com aquele momento que a gente tá querendo ser outra pessoa para agradar alguém, depois passa para uma fase em que a gente tá pedindo para ser escolhida e quer ser a pessoa que é assumida, depois, quando a gente encontra o relacionamento feliz e não precisa ser ninguém além de você mesmo. Por fim, você se reencontra, como canto em é ‘Carta pra mim mesma’, que será a primeira faixa a ser lançada”, revela. Antes de compor e cantar as faixas, Duquesa viveu as situações descritas em cada uma delas.

O talento de Jeysa Ribeiro, seu nome de batismo, viralizou após a postagem de um vídeo cover da música “Viva”, do grupo Zimbra, em uma página no Facebook. Hoje, com mais de 600 mil visualizações, a jovem aparece sentada em uma cama e com um violão no colo. Enquanto canta, é possível ver que na parede branca ao seu lado está escrito “poesia”. Nos comentários, muitos elogios à sua voz e críticas por não ter tocado o violão.

Depois disso, um amigo beatmaker que a via cantando em casa a convidou para participar de uma música. Ele mandou o refrão e ela respondeu cantando em áudios no Whatsapp. Sua carreira artística começou assim, participando em uma faixa do grupo Sincronia Primordial, de Feira de Santana.

Em 2017, lançou sua primeira música: “Dois Mundos''. O videoclipe foi excluído do Youtube pelo canal que publicou, mas hoje está disponível no Vimeo. A segunda letra lançada foi “Futurista”, também com videoclipe.

Nos primeiros shows, passou por perrengues e se virava como podia para conseguir um figurino. “Eu pegava uma camisa e arrancava as mangas para um show, cortava no meio para fazer um cropped para ir em outro, para ninguém notar que era a mesma roupa. O mesmo sapato que ia pra escola, eu ia pra show”, conta, além de pegar roupas emprestadas de conhecidos.

Na época, a cantora não tinha contato com estúdios para fazer gravações e recursos para comprar equipamentos. Em eventos nos quais se apresentava, não havia suporte, camarim e nem comida. Ela ia até o local com dinheiro emprestado e, na mesma festa em que cantava, procurava por carona para voltar para casa.

Outra dificuldade do início é a falta de acesso que determinadas regiões sofrem. A cantora afirma que há muitos projetos musicais e incentivos que chegam à capital, Salvador, mas não alcançam a sua cidade. “Na minha terceira música eu ainda não entendia nada sobre distribuição, não sabia nem como colocar no Spotify. Essa questão de acesso me prejudicou muito e me prejudica até hoje, porque ainda estou aprendendo como lidar com a minha carreira de uma forma profissional”.

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