Depois de se dedicar a projetos de releituras - de Beatles a Luiz Gonzaga passando por Bob Dylan e Jackson do Pandeiro - Zé Ramalho está de volta com o álbum Sinais dos tempos. Primeiro disco de inéditas dede 2007, o trabalho também inaugura o selo do cantor, Avôhai Music, e sua independência depois de passar pela linha de fabricação das multinacionais e a batalha dos selos independentes.
O álbum é totalmente autoral, juntando doze composições inéditas feitas durante esse período dedicado aos projetos - e também envolvidos em brigas judiciais por sua obra. Então o terreno dá vez ao lado místico, sempre presente na obra do compositor juntando referências de rock, progressivo e sertão em uma mistura - ou em uma alquimia - própria que traz elementos de Pink Floyd e de Luiz Gonzaga.
Assim viaja desde as lembranças de Rio Paraíba até pelo místico em Portal dos destinos. Zé Ramalho visita a literatura e cita o famoso poema de Drummond em Lembranças do primeiro: "No meio do caminho há uma pedra / Deixe-a, não remova!", cantada com sua interpretação característica. O tempo - presente desde o título até as reflexões - é senhor da cabeça do compositor, que abre seu disco avisando "O tempo vai passando, e com ele eu vou / Não deixo para tras nada do que eu sou", anuncia em Indo com o tempo. As onze canções seguintes seguem entre memórias e projeções.
Em seu tempo Zé Ramalho volta com boa safra, deleite para os fãs de suas composições de digital única. Psicodélico com pegada nordestina, o compositor segue seu caminho de andar por esse país contando o que vê - e também o que não vê.
Confira a música sinais.
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