SÃO LUÍS – Recentemente empossada como superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Maranhão, a arquiteta Lena Brandão afirmou, durante entrevista ao programa Abrindo o Verbo, da Rádio Mirante AM, que a nova bandeira do órgão é recuperar "o que ficou pelo caminho" quando o Ministério da Cultura foi extinto em 2019 na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Aos jornalistas Juraci Filho e Wallace Brito, Lena disse que a atuação do Iphan não se limita a apenas os casarões e que vai trazer o órgão junto à comunidade.
"A gente costuma ligar sempre o Iphan com os casarões do Centro Histórico. Mas o Iphan tem um campo mais amplo de atuação: a gente tá dentro do licenciamento ambiental, a gente tá no patrimônio imaterial e a nossa bandeira agora é tentar retomar algumas coisas que ficaram perdidas lá atrás quando o Ministério da Cultura foi desfeito - abrindo diálogo, trazendo o Iphan para próximo das pessoas, de parcerias, da comunidade também. Não adianta a gente ficar encastelado no nosso casarão sem abrir esse diálogo com quem realmente interessa, que é a sociedade, até para que os nossos processos também sejam mais céleres dentro do Centro Histórico com a própria comunidade que também mora por lá: um patrimônio humano que a gente tem lá dentro, que a gente não pode esquecer", disse.
Lena já passou pela Agência Executiva Metropolitana (Agem) durante o governo do agora ministro da Justiça Flávio Dino (PSB). A agora superintendente possui mestrado em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2011), é especialista em Gerência de Cidades pela Universidade Estadual de Londrina (2003) e graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estadual do Maranhão (2000).
Ouça a entrevista completa.
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