SÃO LUÍS - Nesta segunda-feira (09), em entrevista ao Ponto Final, na Mirante AM, a jornalista e programadora Nathally Sousa, falou sobre o novo momento na carreira e dos desafios enfrentados como mulher trans.

Nathally, antes da transição, ainda como Bruno Alves, trabalhou por 10 anos como jornalista no Grupo Mirante, começando na Mirante AM e com trabalho em outros setores como Globoesporte.com e TV Mirante.

Nesse processo, Nathally reconheceu que por muito tempo cometeu agressões tentando fugir dessa realidade, fazendo brincadeiras machistas, homofóbicas e preconceituosas.

"Eu fazia brincadeiras homofóbicas, transfóbicas. Que não são brincadeiras, são ofensas na realidade. No momento em que eu me entendo, que eu me assumo, mostro quem eu sou, você vai se reprimindo e tal, mas hoje eu trabalho mais isso", disse Nathally.

A programadora afirmou que seu processo de mudança começou quando buscava tratamento para o início de uma depressão. 

"Nunca é fácil. Começou aqui em São Luís. Pouquíssimas pessoas sabiam. Se eu não tiver enganada tinham dois grandes amigos. Na época eu já estava indo com a psicóloga. Eu tinha entendido ali que eu estava em um momento de início de depressão. Isso em 2018 e isso já existia, sempre existiu e a gente só reprime por uma série de fatores, porque uma das primeiras coisas se talvez eu tivesse me assumido aos 18 ou 19 anos, dificilmente eu teria a oportunidade que eu tive de fazer a faculdade, de entrar aqui na Mirante inclusive".

Nathally Sousa destacou que no momento ela só está sendo quem ela é, que não se trata de atuação.

“Isso não é um papel, não estou chamando a atenção, não é isso. A única coisa que eu estou fazendo agora é levando minha vida, vivendo quem eu realmente sempre fui, quem eu tive que me esconder por um tempo”, disse Nathally.

Ouça a entrevista completa abaixo.

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