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Caso Marquinhos: testemunha fará reconhecimento do local do crime nesta terça (9)

Após a coleta de informações, José de Ribamar Neves Leitão será encaminhado para a capital maranhense, escoltado por uma equipe da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP)

Rádio Mirante AM

Atualizada em 27/03/2022 às 10h59
(Rádio Mirante AM)

BACABAL - O andamento das investigações sobre o assassinato brutal de um comerciante de Bacabal por policiais militares foi detalhado nesta tarde (8) pelo secretário de Segurança Pública Jefferson Portela, no programa Abrindo o Verbo, da Rádio Mirante AM. O titular da pasta anunciou que José de Ribamar Neves Leitão, testemunha encontrada na madrugada de hoje, ficará sob proteção do Estado e será encaminhado para a capital maranhense amanhã (9), escoltado por uma equipe da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP).

Após ser ouvido, Ribamar irá acompanhar a equipe de investigações até o local do crime. Os dados do reconhecimento visual e do local serão incluídos no inquérito, que será concluído até quinta-feira (11). "Os delegados estão trabalhando pra isso, os peritos estão concluindo os laudos, médicos legistas também, e Seu Ribamar será submetido a exame agora, para se obter a prova técnica sobre o que ele tenha sofrido por parte desses agentes públicos", pontuou o secretário.

José de Ribamar estava desaparecido desde o dia 1º de fevereiro. Em depoimento, Ribamar afirmou que esteve escondido durante todo esse tempo pois estava sendo perseguido pelos policiais que o acusaram como o suspeito de ter furtado os carneiros de uma fazenda e vendido para a vítima. Em um áudio gravado por seu advogado, o lavrador descreveu as ações dos policiais, confirmou a versão de que os policiais mataram e torturaram Marquinhos e que também seria executado. No momento da ação, o revólver falhou, o que possibilitou a fuga de Ribamar.

Entenda o caso

O corpo do empresário Marcos Santos, popularmente conhecido como Marquinhos, foi encontrado por familiares em um matagal no município de São Luís Gonzaga. Ele estava desaparecido desde o dia 1º de fevereiro, quando foi levado por homens identificados como policiais do Serviço de Inteligência do 15º/BPM de Bacabal para prestar esclarecimentos sobre um suposto crime de furto de carneiros.

Cinco policiais militares suspeitos de cometer o crime foram autuados em flagrante por homicídio, cárcere privado e outros crimes. Eles foram transferidos para o Manelão, presídio da Polícia Militar localizado no bairro do Calhau, em São Luís.

Ouça a fala do secretário Jefferson Portela:

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