O clima no Congresso Nacional é de muita tensão e movimentação nesta quinta-feira (03). O anúncio feito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que autoriza a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff mexe com os líderes da política nacional.
Na tarde de ontem, minutos depois do anúncio oficial feito no Plenário da Câmara, governistas se pronunciaram contra o deputado enquanto a oposição gritava frases de ordem como "Fora Dilma!".
O deputado federal Hildo Rocha, do PMDB-MA, conversou nesta manhã com o jornalista Roberto Fernandes no programa Ponto Final e falou sobre a situação política.
"O clima é muito tenso. Já tivemos um ano de muitos escândalos e conflitos corporacionais e agora o presidente da Câmara aceita a denúncia formulada por um grupo de advogados e abre o processo de impeachment da presidente. Isso demonsta, logicamente, a independência dos Poderes e fortalece com isso a democracia brasileira (...) A prerrogativa da Câmara - prerrogativa constitucional - e o que está na Lei n°1079, que trata sobre o crime de responsabilidade por parte do Presidente da República, é aceitar a admissibilidade. È uma corte de admissibilidade. Admitindo, a presidente será afastada e assume o seu substituto vai para o Senado - o Senado é o órgão julgador desse caso -, o presidente do Supremo assume a direção dos tabalhos e os senadore é que de fato julgam.", falou também quando explicou o processo de impeachment.
A proposta de impeachment da presidente Dilma Rousseff aceita por Eduardo Cunha é de autoria dos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior. Eles alegam que Dilma descumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal ao ter editado decretos liberando crédito extraordinário, em 2015, sem o aval do Congresso Nacional.
Ouça a entrevista:
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