Líderes partidários comentam propostas de Dilma Rousseff para atender demandas da sociedade.
Nesta segunda-feira, a presidente reuniu governadores e prefeitos no Palácio do Planalto para buscar soluções para as demandas apresentadas nas manifestações das últimas semanas. Ela propôs cinco pactos em favor do país: responsabilidade fiscal, reforma política, saúde, transporte e educação.
No âmbito da reforma política, a presidente sugeriu um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política. Dilma Rousseff também pediu prioridade no combate à corrupção e propôs uma nova legislação que classifique a corrupção dolosa como equivalente a crime hediondo, com penas "muito mais severas".
O líder do PT, José Guimarães, apoia as iniciativas, mas destaca a importância de dar prosseguimento à votação de propostas que já tramitam na Casa e à construção de uma ampla agenda de votações.
"Cem por cento dos royalties para educação; votação [da regulamentação] da Emenda 29 para financiamento da saúde; a desoneração [PIS/Cofins] do transporte coletivo; temos que avançar em outro debate, que é a reforma tributária. A pauta mudou. Nós não temos que votar neste momento nenhuma matéria que vá na contramão do que está acontecendo no país."
O líder do Democratas, Ronaldo Caiado, lembrou as sucessivas derrotas da oposição, como no veto à regulamentação da Emenda 29 e na votação do regime especial de licitações para a Copa. Ele disse estar satisfeito com as manifestações populares e propõe a votação da reforma política rapidamente, sem plebiscito.
"Agora sim, vamos dar prioridade ao dinheiro, não para aparelhamento do Estado, não para a criação de órgãos públicos e ministérios, não para dinheiro fácil para as arenas no Brasil, mas vamos sintonizar com aquilo que a sociedade deseja: saúde, educação, mobilidade urbana. Eu vejo a possibilidade, com todo o povo nas ruas, de nós buscarmos um projeto, como foi no Ficha Limpa, um projeto [de reforma política] que já possa normatizar as eleições de 2014."
Dilma Rousseff também prometeu acelerar os investimentos na saúde e voltou a falar na contratação de médicos estrangeiros pelo SUS para atender municípios mais necessitados. Ela também defendeu 100% dos recursos do petróleo para educação.
O líder do PEN, deputado Fernando Francischini, acha que a saúde deveria receber metade dessa verba. Ele criticou ainda a contratação de médicos estrangeiros.
"Nós temos é que dar estrutura para área de saúde no Brasil. Apoiar os médicos, os enfermeiros, a saúde pública, que está em colapso no nosso país. Dizer que está importando médico de Cuba é dizer que nosso médico é incompetente; é dizer que nosso médico é mal remunerado e não quer se fixar no interior. Muitos querem, mas não têm a infraestrutura necessária para exercer sua profissão. Então, temos que investir em saúde."
A presidente Dilma Rousseff também anunciou mais R$ 50 bilhões para novos investimentos em mobilidade urbana e citou a desoneração tributária que vai resultar em passagens mais baratas. Ela defendeu maior transparência e controle social no cálculo das tarifas de ônibus e anunciou a criação do Conselho Nacional de Transporte Público, com participação da sociedade civil e dos usuários.
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