Ponto Final

Carlos Madeira fala em unir forças para cuidar de São Luís

O ex-juiz federal é pré-candidato à prefeitura pelo Solidariedade.

Rádio Mirante AM

Atualizada em 27/03/2022 às 10h59
(Carlos Madeira)

Na manhã desta quinta-feira (27), o ex-juiz federal Carlos Madeira, em entrevista a Jorge Aragão no programa Ponto Final, da Rádio Mirante AM, falou da decisão de entrar no campo político como pré-candidato à prefeitura de São Luís, e explicou que seu objetivo é cuidar da cidade e das pessoas.

Carlos Madeira destacou a coragem que sempre teve, enquanto juiz federal, como fator determinante para decidir pela pré-candidatura.

"Sempre fui um homem de combate. Eu sou alguém que venceu, e venceu na vida pela luta, pela obstinação. Eu não pretendia ir para a política. Eu não pretendia porque eu via a política, até recentemente, como território de homens maus. Eu passei 35 anos da minha vida do outro lado do balcão, como juiz federal, como promotor de Justiça, como juiz de direito, e procurei nesses 35 anos de vida ser um profissional correto, independente, assertivo e muito corajoso. Eu sempre dizia quando dava aula em escola de magistratura, para os jovens juízes que foram meus alunos, que o pior defeito que o juiz pode ter é ser medroso, covarde. É muito melhor lidar até com um juiz corrupto porque são poucos, e as pessoas sabem que ele é um corrupto e se defendem do juiz corrupto. São poucos. Do que se defrontar com o juiz medroso, um juiz que tem medo de tomar decisões. Eu fui um juiz extremamente corajoso, extremamente correto e tive coragem para tomar decisões, independentemente da repercussão da decisão. Eu não pretendia entrar para a política hoje, eu só entrei para a política depois que muitos amigos passaram a me convidar, convocar até para que eu colocasse meu nome nesse projeto de 2020 como pré-candidato a prefeito. O que me levou a ser pré-candidato a prefeito", disse Madeira.

O ex-juiz também explicou o motivo de ter escolhido o Solidariedade como partido para a disputa do pleito. Ele atribuiu a escolha a Simplício Araújo, presidente do partido, que revelou ser amigo de longa. Madeira explicou que segurança garantida por Simplício foi importante para a decisão.

"Eu fui procurado por diversos partidos, talvez eu tenha sido um dos candidatos que mais teve a oportunidade de partido. Eu não consegui, talvez por inexperiência, dialogar bem com os partidos, me acomodar ali de alguma forma. Fiquei um tanto temeroso. O labirinto da política eu ainda não os conheço. Estou aprendendo e tenho que aprender rapidamente, porque o calendário eleitoral é muito rápido. Mas eu fui para o solidariedade apenas por um motivo, o Simplício Araújo, presidente, é meu amigo há muito tempo e ele em 2018, quando eu nem podia me aposentar, ele me procurou e me convidou para ser candidato ao Senado pelo Solidariedade. Naquela época eu não poderia me aposentar, não tinha tempo e disse a ele que não cogitaria de política, nem pensaria, e ele desistiu disto. Mas voltou a me procurar. Então o que me levou para o Solidariedade foi apenas isso. Tem um amigo, pessoal, que gosta de mim, mas eu disse a ele: Simplício para eu ser candidato eu preciso de dois pilares. Se tu me oferecer esses dois pilares para eu sustentar minha pré-candidatura, eu aceitaria ser candidato. Ele perguntou quais serão os pilares e eu disse, o primeiro pilar segurança jurídica, segundo segurança política. Segurança jurídica: o diretório para que eu possa conduzir e escolher as pessoas que poderão me acompanhar como pré-candidatos a vereador. Eu quero fazer uma caminhada independente, com gente que eu entenda que tem o meu DNA, que tem a preocupação social, que não tenham demandas que não sejam republicanas, demanda que sejam imorais, com negociatas. Eu não posso ir para a política desconstituindo aquilo que eu fiz como magistrado. Então ele disse segurança jurídica eu dou, o diretório. Eu quero segurança política, quero que você diga para seus amigos em redes sociais, entrevista, que eu sou candidato, para evitar que em dado momento eu estivesse caminhando e decida que vai fazer uma aliança agora com um partido e você ficaria... Porque se tu fizeres isso, Simplício, eu ficarei desmoralizado e ficaria sem condição até de morar em São Luís. Imagine, eu lanço meu nome, faço o meu movimento, meus amigos, pessoas queridas, começa a entusiasmar. Perto da Convenção. O solidariedade agora vai fazer coligação com o partido tal, Madeira está fora! Eu ficarei desmoralizado. Não vou ficar em São Luis, vou embora daqui, vou cuidar da minha vida. Ele me deu segurança. A partir daí, com esses dois pilares, eu senti que poderia fazer", explicou.

Carlos Madeira enfatizou que quer unir forças para cuidar da cidade e afirmou que se eleito a Secretaria de Ação Social será a mais importante em seu mandato.

"Eu quero ser um candidato ecumênico um candidato que uniu forças diversas com um só objetivo cuidar da cidade, administrar a cidade e principalmente os jovens, principalmente cuidar de gente. Se eu for prefeito a secretaria mais importante do meu governo será a Secretaria de Ação Social, uma secretaria que cuida de gente pobre como eu fui, na periferia, que o cuide de gente do Coroadinho, do Gapara, que tem oportunidade gerar emprego, gerar renda, cuidar da juventude, cuidar dos idosos, cuidar de gente. Acho que esse é o grande desafio. São Luis do Maranhão é uma cidade muito pobre e precisa de um prefeito que tenha um olhar humano, generoso e justo. Eu quero trazer da magistratura para a política esse sentimento de justiça, esse que me move e que me anima", concluiu.

Ouça a entrevista completa.

Saiba quem disputa as eleições em São Luís.

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