Robert Plant traz o projeto Saving Grace para São Paulo em 2026

Se perguntarem pra mim qual a minha banda predileta de rock tenho a resposta na ponta da língua: LED ZEPPELIN. Foi uma banda britânica de rock formada em 1968, icônica por popularizar o hard rock e heavy metal, com Jimmy Page (guitarra), Robert Plant (vocal), John Paul Jones (baixo/teclados) e John Bonham (bateria).

Embora a música acústica e com influências folk fizessem parte do repertório da banda desde o início, foi o estilo elétrico, pesado, alto, cru e poderoso, que lhes rendeu fãs e notoriedade desde cedo; seus dois primeiros álbuns incluíam muitas das músicas que levaram à classificação do Led Zeppelin como precursor do heavy metal. A intensidade de músicas como "Dazed and Confused", presente no primeiro álbum da banda,Led Zeppelin (1969) e “Whole Lotta Love”, emO álbum Led Zeppelin II (1969) foi criado pelo som estrondoso da bateria de John Bonham e pelas técnicas de produção de Jimmy Page, que enfatizaram a bateria e o baixo, resultando em uma espacialidade sonora que manteve os discos com um som atual mesmo anos após sua criação.

Dos quatro integrantes do Led Zeppelin, Robert Plant continua em atividade. Selvagem e introspectivo: Robert Plant traz o Saving Grace ao C6 Fest, longe do tédio e da eletricidade do Led Zeppelin, que ocorrerá no Parque Ibirapuera (SP), em maio de 2026.

Dez anos após sua última visita ao Brasil, Robert Plant volta aos palcos nacionais com um projeto que parece feito para o presente, longe do peso monumental do passado.

Festival em SP

Aos 77 anos, o ex-vocalista do Led Zeppelin chega ao C6 Fest com o Saving Grace, banda formada para tocar em pequenos teatros e mergulhar em repertórios folk, gospel e blues menos óbvios. É Plant, mais uma vez, recuando da grandiosidade para reencontrar a própria curiosidade artística.

Criado em 2019, o Saving Grace é composto por Suzi Dian (voz e acordeon), Tony Kelsey (guitarra), Matt Worley (cordas/banjo), Barney Morse-Brown (violoncelo) e Oli Jefferson (bateria). A sonoridade funciona como contraponto perfeito para uma lenda que nunca se deixou aprisionar pelo ícone que virou.

Embora o repertório privilegie o espírito do Saving Grace, Plant não deixa de visitar seu passado. Algumas músicas do Led Zeppelin ressurgem com outras texturas — entre elas, "Gallows Pole" e "Friends", ambas do clima acústico de "Led Zeppelin III". Também há espaço para a pulsação tribal de "Four Sticks", do disco "Led Zeppelin IV".

Robert Plant tem sido explícito sobre essa fase que rejeita a nostalgia confortável: "é preciso manter a novidade".

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