Caso Décio

"Nunca mandei matar ninguém", garante Junior Bolinha

Acusado de ter participado da morte de Décio Sá, Junior Bolinha se defende e diz ser inocente. Para Bolinha, jornalista assassinado "não fedia e nem cheirava".

Jacelena Dourado e Paulo de Tarso Jr./Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h07

SÃO LUÍS – “Eu nunca mandei matar ninguém”. Foi com esta frase que Junior Bolinha, acusado de ter participado da morte do jornalista de O Estado e blogueiro Décio Sá, se defendeu durante interrogatório sobre o caso. Bolinha foi ouvido na manhã desta terça-feira (4) no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau.

Indagado sobre sua participação no assassinato de Décio Sá, ocorrido no dia 23 de abril de 2012, Bolinha negou qualquer tipo envolvimento no crime e disse até que nem conhecia o jornalista. De acordo com o acusado, Décio Sá seria uma pessoa que “não fedia e nem cheirava”.

“Eu nunca mandei matar ninguém. Eu nem conhecia esse rapaz [Décio Sá]. Me falaram que ele tinha postado alguma coisa com meu nome uns seis anos atrás, mas nunca o vi. Eu vi no jornal, mas não sei se foi ele quem escreveu. Eu nem olho blog. Não tenho ligação nenhuma com isso. Não conhecia esse rapaz. Ele não fede e nem cheira”, disse Bolinha à Justiça

Bolinha explicou, ainda, que não sabe quem seria o mandante pelo assassinato de Décio Sá. Tanto que, ele só soube da morte do jornalista no dia seguinte ao “ouvir as notícias pelo rádio” quando se encontrava em sua residência.

Bolinha x Johnathan

No entanto, Junior Bolinha é citado pelo assassino confesso de Décio Sá, Johnathan Silva, como integrante da trama. Questionado, Bolinha negou qualquer tipo de envolvimento com Johnathan Silva e disse que deve ter sido citado por ter “contatos de trabalho” com o deputado Raimundo Cutrim, cujo nome também aparece no depoimento do autor do crime.

Em seu depoimento, Johnathan Silva chegou a afirmar que havia se hospedado em uma casa de propriedade de Junior Bolinha. Sobre o assunto, Bolinha negou. Disse que a casa em questão seria de “Buchecha” e seria utilizada para saldar uma dívida. Segundo Bolinha, “Buchecha” lhe devia R$ 35 mil.

Porém, após tirar uma cópia da chave do imóvel e ter negociado a venda da casa com um homem identificado como “Neguinho Barrão”, que desapareceu em seguida. Sem a concretização da venda, Bolinha disse que foi surpreendido ao ir certa vez à casa e se deparar com novos inquilinos.

Glaucio: cúmplice?

Junior Bolinha também falou em seu depoimento que nunca tratou com Glaucio ou com o pai dele sobre morte de ninguém. Chegou a afirmar que nem mesmo conhecia o pai do Glaucio.

Sobre o episódio no escritório do Ronaldo Ribeiro, Junior Bolinha informou que ele foi ao local somente tratar do processo que tem com Marcos Caldas e que, por acaso, encontrou Glaucio.

Bolinha fez questão de dizer que também não estaria envolvido na morte de Fábio Brasil, em Teresina.

Foto: Liliane Cutrim/Imirante.

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