SÃO LUÍS - Um maranhense de 29 anos, natural do município de Alto Alegre, e mais três pessoas foram assassinadas em uma chacina, ocorrida na madruga de sábado (7), no Estado de Goiás. Carlos Darlan Marques de Souza, de 29 anos, e as outras vítimas, segundo a Polícia Civil de Nerópolis (GO), eram membros de uma quadrilha especializada em roubo de cargas, atuante, também, nos Estados do Maranhão, Tocantins, Distrito Federal e Minas Gerais.
Os corpos foram encontrados com várias perfurações de bala e carbonizados, às margens da rodovia GO-433, distante cerca de 6 km de Nerópolis. Além do maranhense, foram mortos Márcio Borges de Oliveira, de 32 anos, Priscila Camargo, de 22 anos, e o namorado dela, Diolino Gonçalves Loiola, de 44 anos. De acordo com o delegado Mozart Martins Machado, este último seria o líder do bando, com várias passagens na polícia.
"Assim que identificamos os corpos, tratamos de verificar a ficha de cada uma das vítimas. O maranhense nunca foi preso pela Polícia Civil de Goiás - pelo menos com esse nome -, porém, já constatamos na investigação prévia que ele fazia parte da quadrilha liderada por Diolino Loiola. Este, sim, já foi preso diversas vezes por roubo de cargas", disse o delegado Mozart Machado, em entrevista, por telefone, a O Estado.
"Diolino Loiola estava foragido da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), na cidade de Aparecida de Goiânia, desde dezembro de 2010. Na época, ele foi beneficiado com a saída temporária de Natal e não retornou mais à unidade. Nossa primeira preocupação foi identificar as vítimas, saber de onde vieram e o que fizeram para morrerem dessa forma. Nosso foco, agora, é identificar os autores da chacina", disse o delegado.
Chacina
As vítimas da chacina de Nerópolis só foram identificadas na manhã de ontem, depois que o Instituto de Criminalística (Icrim) de Goiânia coletou as impressões digitais. No local do crime, a polícia recolheu cápsulas de pistola calibre 380. Os corpos foram encontrados por um morador de uma chácara, que afirmou aos investigadores ter ouvido os tiros, visto o fogo de longe e acionado a polícia.
Entre as linhas de investigação, três são mais aceitas pela polícia: desentendimento entre facções criminosas rivais; acerto de contas ou latrocínio (roubo seguido de morte), tendo em vista que uma caminhonete Hilux, que seria de propriedade de Diolino Loiola, foi levada pelos assassinos. Ainda de acordo com a polícia, Priscila Camargo pedia carona para os caminhoneiros, e assim que estes paravam eram rendidos pelo restante do bando.
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