Intercâmbio

Comitiva da Fiema conhece experiências exitosas nas áreas de tecnologia e inovação

Comitiva visitou os Institutos Senai de Inovação na BA, RN e no Observatório da Indústria do Ceará

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
Observatório da Indústria do Ceará foi um dos pontos visitados pela comitiva maranhense
Observatório da Indústria do Ceará foi um dos pontos visitados pela comitiva maranhense (comitiva fiema)

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez das Neves, capitaneou comitiva maranhense para conhecer “in loco” as experiências dos Estados da Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará no estímulo ao desenvolvimento das energias renováveis para impulsionar a expansão do setor no Maranhão.

Baldez esteve acompanhado durante a semana do vice-presidente executivo da Fiema, Luiz Fernando Coimbra Renner; do presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Ted Lago; do diretor de Relações Institucionais da Emap, José Reinaldo Tavares; do Secretário do Estado de Programas Estratégicos (Sepe) do Maranhão, Luiz Fernando Moura da Silva.

“Estamos elaborando um plano de desenvolvimento para o Estado do Maranhão. Estou acompanhado de atores do Governo, que estão trabalhando neste projeto. Estamos prospectando, conhecendo o que está acontecendo no Nordeste para que possamos somar esforços. Estamos levantando o que cada Instituto SENAI de Inovação vem trabalhando. Acredito que essa ação dará uma grande contribuição para a formulação do mapa eólico e solar do Maranhão, que ainda não temos. Vamos conhecer a tecnologia deles e ver como podem nos assessorar e apoiar na sua construção”, destacou o presidente da Fiema, Edilson Baldez, que é diretor da Associação Nordeste Forte, e sempre defendeu a necessidade dessa interface mais próximas entre as federações das indústrias do Nordeste.

De acordo com Baldez, a ideia é fazer um intercâmbio de experiências e a prospecção de parcerias, em âmbito regional. “O Nordeste brasileiro é uma região propícia para o desenvolvimento das energias renováveis. Sem dúvida, é um vetor de desenvolvimento importante. Estamos fazendo um trabalho junto à Associação Nordeste Forte, envolvendo todas as Federações filiadas, para que a gente possa avaliar em que estágio cada Estado se encontra nesse processo e, a partir daí, propor a todos uma cooperação, um conjunto de estímulo ao desenvolvimento regional. Temos constatado em todos um forte sentimento de união, uma grande vontade de trabalharmos cada vez mais juntos”, declarou.

A comitiva começou a sua missão na última segunda-feira (09/08) pela Bahia, onde conheceu o Centro Universitário SENAI CIMATEC, uma das melhores instituições de ensino em engenharia do país, segundo reconhecimento do MEC/INEP, e conta com uma vasta atuação em cursos de graduação, entre cursos superiores de engenharia e arquitetura e que trabalha na formação de pessoal de alto nível e suporte à inovação e oferecendo solução para problemas complexos da indústria, com a possibilidade da vivência prática em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, contando com a parceria de empresas e outras instituições nacionais e internacionais.

Durante o encontro, foram discutidas as perspectivas de desenvolvimento de energias limpas no Nordeste, visando a disponibilidade geográfica e tecnológica da Bahia para a integração de parques eólicos, produção de hidrogênio verde e captação de energia solar. Os diretores de Tecnologia e Inovação e de Operações do Senai CIMATEC, Leone Andrade e Luis Breda, acompanhados do Gerente Executivo, Leonardo Sanches, apresentaram oportunidades de parcerias para impulsionar o desenvolvimento regional sustentável.

A comitiva maranhense conheceu os laboratórios e institutos pela manhã e, pela tarde, visitaram instalações do SENAI CIMATEC PARK, um grande complexo tecnológico e industrial em uma área de 4 milhões de metros quadrados no centro industrial de Camaçari, com laboratórios avançados, grandes usinas piloto, áreas de segurança para testes e operações de risco e até uma pista de teste do setor automotivo. O CIMATEC Park tem uma infraestrutura diferenciada no país para atender as necessidades de Energia Eólica, Mecânica, Naval, Automotiva, Elétrica, Construção Civil, Química, Petroquímica e Biotecnologia, Farmacêutica, Celulose e Papel e Petróleo e Gás.

Natal

Na capital potiguar, a comitiva maranhense foi recepcionada pelo presidente da FIERN, Amaro Sales de Araújo, e pelos diretores Heyder Dantas, Roberto Serquiz e Djalma Barbosa Júnior na Casa da Indústria, onde discutiram um intercâmbio mais frequente entre as Federações para o desenvolvimento de projetos em áreas nos quais os dois estados têm potenciais expressivos de crescimento econômico.

“No caso do Rio Grande do Norte e do Maranhão, temos dois estados com desafios e necessidades em infraestrutura e algumas características parecidas, além de outro aspecto em comum que é o potencial para energia renovável”, destacou Amaro Sales. “Por isso, o intercâmbio pode ter resultados promissores”, acrescentou o presidente da FIERN, Amaro Sales.

Após a reunião na FIERN, a comitiva da Fiema seguiu para visita ao Hub de Inovação e Tecnologia (HIT) do SENAI-RN, incluindo os laboratórios do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER) e o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER).

O último destino do grupo foi o estado do Ceará onde foi recepcionado pelo vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Carlos Prado, que estava acompanhado do superintendente de Relações Institucionais da FIEC, Sérgio Lopes, e do secretário de relações internacionais do Estado do Ceará, César Ribeiro.

Para Carlos Prado, a visita representou um importante momento não só para a FIEC, mas também para o Nordeste. “Na medida em que os outros Estados da região procuram fazer algo parecido com o que a FIEC está fazendo, acaba sendo realmente um grande benefício para todo o Nordeste”, afirmou.

A comitiva conheceu a experiência do Ceará no estímulo ao desenvolvimento das energias renováveis e o Observatório da Indústria. O gerente Guilherme Muchale apresentou todo o trabalho realizado em prol do desenvolvimento da indústria cearense com o Observatório que atua com tecnologia de ponta e inteligência artificial, possibilitando a construção de levantamentos e cruzamentos de dados, criação de cenários, acesso à informações estratégicas atualizadas 24 horas, trabalho de prospecção via algoritmos, previsibilidade de faturamentos, atração de investidores, entre outros.

Hidrogênio verde

Durante a visita, o Consultor de Energia da FIEC e Presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis do Ceará, Jurandir Picanço, fez uma apresentação falando sobre o pioneirismo do Ceará na instalação de um Hub de Hidrogênio Verde e do potencial dessa fonte de energia para todo o Nordeste. O consultor também mostrou um panorama geral das oportunidades em relação a outras energias limpas, como a solar e a eólica.

Complementando a exposição, o Coordenador do Núcleo de Energia da FIEC, Joaquim Rolim, apresentou o trabalho de elaboração do Atlas Eólico e Solar do Ceará e da sua importância para o desenvolvimento do setor no Estado. O Atlas, único no Brasil, é fruto de uma parceria entre a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), do Governo do Estado, FIEC e do Sebrae e conta com informações técnicas, identificando áreas com potencial para investimentos.

Após a visita à FIEC, a comitiva reuniu-se com o Secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado do Ceará, Maia Júnior. A reunião contou também com a participação de Roseane Medeiros, Secretária Executiva da Indústria; Rebeca Oliveira, Secretária Executiva de Relações Institucionais do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP); e Duna Uribe, Diretora Comercial do CIPP.

O presidente da Emap, Ted Lago, disse ter ficado muito impressionado com todo o trabalho apresentado. “O Observatório da Indústria realmente oferece um nível detalhado de informação que ajuda no planejamento tanto de políticas públicas, como também dos negócios da iniciativa privada, com dados precisos do mercado local e regional. Temos um porto importante, o porto de Itaqui, que já faz um bom intercâmbio com outros portos da região. Queremos ampliar isso também para outras esferas, especialmente a industrial, inclusive com planejamento de novas e futuras cargas”, ressaltou.

O diretor da EMAP, José Reinaldo Tavares também disse que o intercâmbio pode ser firmado, principalmente, na área de energias renováveis. “Estamos muito interessados na produção de hidrogênio verde e em sermos supridores neste mercado que vai abrir no mundo em alguns anos, além da parte de tecnologia e inovação. Temos problemas que podemos resolver em conjunto com todos os estados do Nordeste. A questão da energia nova e do hidrogênio interessa a todos. Podemos, o Nordeste, nos transformar em um dos grandes fornecedores mundiais, bastando haver cooperação entre os estados. Podemos resolver o problema de logística de nossos portos fazendo uma logística para o Nordeste, identificando cargas e portos para cada tipo de carga. Estamos iniciando uma nova etapa que vai nos tirar da pobreza e inverter essa tendência com união de todos os Estados”, destacou José Reinaldo, ao falar da intenção de constituir uma Zona Franca de Exportação para permitir a comercialização de hidrogênio ao mercado europeu.

Na manhã dessa sexta, a comitiva encerrou a missão conhecendo o Porto do Pecém onde foram recepcionados pelo vice-presidente financeiro do Complexo Industrial do Pecém, George Braga, visitaram a Zona de Processamento para Exportações (ZPE) e as instalações do Porto Cearense.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.